Coordenados pela União Nacional por Moradia Popular (UNMP), em 24 horas entidades de sem-teto fizeram 22 invasões e manifestações em dez Estados. Na Grande São Paulo, houve três ocupações, envolvendo 2.500 pessoas. Na manhã de quarta, cem integrantes de movimentos de moradia tentaram entregar uma pauta de reivindicações ao prefeito Gilberto Kassab (DEM), mas não foram recebidos
Das cinco invasões programadas pelo Movimento dos Sem-Teto para a madrugada de ontem na Grande São Paulo, três foram cumpridas – no centro, em Sapopemba e Caieiras. As que ocorreriam nas Avenidas Rangel Pestana e Cásper Líbero foram frustradas pela Polícia Militar.
Outras quatro capitais tiveram mobilização intensa dos sem-teto. Em Salvador (BA), 50 integrantes da UNMP e do Movimento dos Sem-Teto ocuparam a área externa de um hospital. No Recife (PE), o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) impediu o trânsito no Cais de Santa Rita e na Avenida Dois Rios, no bairro do Ibura. Na capital e em Olinda, os sem-teto provocaram engarrafamentos em vários bairros e na BR-232, onde o bloqueio teve apoio do Movimento dos Sem-Terra (MST).
Em Belo Horizonte (MG), sem-teto reunidos diante do Palácio da Liberdade tentaram, sem sucesso, falar com o governador Aécio Neves (PSDB). Entre as reivindicações estava a regularização fundiária de conjuntos habitacionais. Em Maceió (AL), 300 famílias ocuparam o antigo prédio do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), na Praça dos Palmares, no centro, e só deixariam o local com a garantia de casa própria.