A taxa de mortalidade infantil registrada em Curitiba, em 2006, ficou em 10,7 por mil nascidos vivos e é a menor da história da cidade. O dado é preliminar e foi anunciado na manhã desta sexta-feira (5) pelo prefeito em exercício e secretário municipal da Saúde, Luciano Ducci, durante a entrega de um conjunto de equipamentos para o Serviço de Neonatologia do Hospital e Maternidade Victor do Amaral. Para Ducci, o desafio agora é baixar o indicador para um dígito. "Vamos continuar trabalhando duro, nessa parceria entre a Secretaria Municipal da Saúde e as instituições de saúde parceiras, para que o próximo resultado atinja 9,8 por mil nascidos vivos ou, se for possível, até menos", disse.
Para o diretor-geral hospital, José Soria Arrabal, o acompanhamento proporcionado às gestantes e aos bebês desde o pré-natal pelo programa Mãe Curitibana, da Secretaria Municipal da Saúde, está diretamente relacionado ao resultado alcançado. A avaliação é confirmada pelas estatísticas do programa, que apontam uma redução de 46,6% dos óbitos infantis entre 1998 e 2006. O ano de 1998 foi o que antecedeu a implantação do Mãe Curitibana, quando Ducci foi secretário da Saúde de Curitiba pela primeira vez.
A queda da taxa tende a ser cada vez mais discreta em função dos tipos de causas que atualmente levam ao óbito infantil em Curitiba. Se no passado os bebês morriam por problemas relacionados à assistência básica, hoje, apesar de acompanhados desde o pré-natal e da tecnologia de atendimento neonatal oferecida, muitos não conseguem vencer doenças graves. As cardiopatias congênitas são um exemplo.