Rio – A agropecuária cresceu 0,8% no ano passado, a menor taxa desde 1997, quando o setor registrou queda de 0,8%. Em 2004, o crescimento foi de 5,3%, conforme dados divulgados hoje (24) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os registros de febre aftosa no Mato Grosso do Sul e a quebra nas safras de milho, café, arroz, fumo, algodão e laranja em razão de problemas climáticos foram apontados pela gerente das Contas Nacionais da entidade, Rebeca Palis, como os principais responsáveis pelo desempenho do setor no ano passado.
"Tivemos crescimento na produção de culturas importantes, como a de soja, cana-de-açúcar e mandioca, porém, as taxas foram inferiores às registradas em 2004, o que não ajudou a melhorar o desempenho agropecuário", disse.
Em 2005, a indústria cresceu 2,5%, percentual que mostra uma recuperação em relação a 2004, quando o desempenho ficou negativo em 0,07%. A atividade que mais se destacou foi a extrativa mineral, com crescimento de 10,9%, impulsionada pelo aumento na produção de minério de ferro, de petróleo e gás natural. "Já a indústria de transformação, que cresceu 1,3% não conseguiu deslanchar devido à queda na produção de setores como siderurgia, metalurgia e indústria têxtil por causa da baixa do câmbio, que estimulou a concorrência com os produtos importados", observou.