secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, informou esta tarde que o projeto do megagasoduto que interligaria Venezuela, Brasil e Argentina pode, pelo menos numa primeira etapa, limitar-se a ligar as reservas de gás da Venezuela ao Nordeste brasileiro.

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"Primeiro, estudamos fazer (o gasoduto) em uma única etapa. Agora, estamos estudando fazer por etapas, em função da disponibilidade de gás da Venezuela", disse o secretário, após participar de reunião na sede do Ministério de Minas e Energia para discutir o Plano Nacional de Energia 2030.

Segundo Zimmermann, em um primeiro momento, a Venezuela só poderia fornecer, a partir de 2016, 50 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia, o que permitiria a chegada do produto ao Nordeste do Brasil. O secretário explicou que, para que o duto até a Argentina se viabilizasse, seria necessário um bombeamento diário de 150 milhões a 200 milhões de metros cúbicos de gás.

Zimmermann não informou qual seria a extensão do gasoduto até o Nordeste nem o investimento necessário para construí-lo. O projeto original do Gasoduto do Sul, discutido e anunciado diversas vezes pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e por seu colega venezuelano, Hugo Chávez, previa um duto de 8.000 a 10.000 quilômetros de extensão, chegando até a Argentina. O investimento estimado para construir esse duto intercontinental era de US$ 20 bilhões.

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