Com o objetivo de detectar eventuais defeitos em torres e cabos, começou na manhã desta quarta-feira, em Curitiba, o trabalho de inspeção aérea dos mais de 9 mil quilômetros de linhas de transmissão da Eletrosul. Trata-se de uma vistoria rápida que vai permitir detectar peças danificadas nas 19 mil torres e 68 mil quilômetros de cabos responsáveis pela transmissão de energia elétrica aos cerca de 28,5 milhões de habitantes dos quatro estados ? Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul.

Executado com o apoio de helicóptero, esse trabalho vai prosseguir nos próximos 40 dias. Durante o vôo, o técnico da Eletrosul identifica o problema e aciona as equipes de inspeção terrestre por comunicação via satélite para a realização dos reparos. O trabalho envolve 10 equipes de inspeção, contando com o revezamento de entre 20 e 30 pessoas. A inspeção aérea complementa a terrestre, que é feita de forma rotineira, quinzenalmente e perfazendo um período aproximado de seis meses/ano.

O plano de vôo inicia em Curitiba (PR) e vai terminar em Campo Grande (MS), cobrindo o sistema Norte. Na segunda etapa, o plano de vôo vai partir de Curitiba, sobrevoar as linhas de transmissão em Santa Catarina e Rio Grande do Sul, concluindo o trabalho do sistema Sul em Campos Novos (SC). Será voada uma média diária de seis horas, desde que as condições do tempo favoreçam o trabalho.

Para a execução do trabalho a Eletrosul está investindo cerca de R$ 290 mil. A empresa de táxi aéreo Icaraí, que venceu a licitação de 2004, fará 234 horas de vôo nos quatro estados. Por meio da inspeção aérea, que é feita pela Eletrosul desde 1988, podem ser identificados problemas em cabos condutores, danificação em estruturas, ausência de peças e invasão de faixa de domínio de linhas de transmissão. Principalmente próximo às grandes cidades, ocorrem essas invasões e atos de vandalismo nas estruturas (torres e isoladores).

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