Rio de Janeiro – O presidente da Eletrobrás, Aloísio Vasconcelos, informou nesta quinta-feira (30) que as empresas do grupo pretendem investir os US$ 56 bilhões previstos no Plano de Decenal de Expansão do setor, elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética para atender ao crescimento da demanda.
Do total de investimentos, US$ 41 bilhões serão destinados à construção de usinas e US$ 16 bilhões, para as linhas de transmissão, que em 43 mil quilômetros agregarão 41.800 megawatts (MW) ao Sistema Interligado Nacional.
Vasconcelos participou da solenidade de assinatura de contrato da subsidiária Furnas Centrais Elétricas com as construtoras Andrade Gutierrez e Norberto Odebrecht, e a fornecedora de equipamentos Impsa, para o início das obras das usinas de Simplício/Anta e Batalha.
A primeira hidrelétrica, no Rio Paraíba do Sul, entre os estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro, terá capacidade instalada de 333,7 MW. A de Batalha, no Rio São Marcos (entre Goiás e Minas Gerais), terá potência de 52,5 MW. O investimento é estimado em R$ 1,6 bilhão.
As obras da usina de Simplício deverão estar prontas em cerca de três anos e as da hidrelétrica de Batalha começarão em janeiro. ?O Grupo Eletrobrás está demonstrando que cumprirá o seu papel de servir ao país na área elétrica, fornecendo a energia necessária para o crescimento e com qualidade e preço?, afirmou Vasconcelos.
Atualmente, Furnas tem projetos em andamento que prevêem a construção de outras quatro hidrelétricas ? Baguari (140 MW), Foz do Chapecó (855 MW), Retiro Baixo (82 MW) e Serra do Facão (210 MW) ?, envolvendo investimentos de R$ 3,5 bilhões.
O presidente da Eletrobrás destacou ainda, na solenidade, que "para o desenvolvimento e o crescimento econômico do país outros projetos terão que sair do papel". E citou as hidrelétricas do Complexo do Rio Madeira, que agregará mais 6.450 MW ao sistema, e de Belo Monte (11 mil MW), além da usina nuclear de Angra 3, com 1,4 mil MW.