Eletrobrás critica ação ambiental

O setor de energia elétrica deve virar o ano ainda em busca de "equilíbrio" no diálogo com o meio ambiente, para evitar que o atraso em obras de usinas hidrelétricas impeça o atendimento à demanda crescente. A afirmação é do presidente da Eletrobrás, Aloísio Vasconcelos, em entrevista coletiva concedida ontem, na qual fez um balanço de 2006.

Para ele, a situação já é emergencial. "É preciso que o Ministério de Minas e Energia construa canais de diálogo para limpar os processos que impedem os caminhos do desenvolvimento. Hoje o diálogo com o setor ambiental é um diálogo seco. É preciso usar o óleo lubrificante da boa vontade.

Usando um tom bastante crítico com o setor ambiental, o presidente da Eletrobrás disse que as ações que barram obras "por burocracia" podem prejudicar "seriamente" o abastecimento de energia a partir de 2010. "Entre 2008 e 2010, o País está tranqüilo. Mas depois, se os grandes projetos previstos tiverem atrasos em suas obras, ou não saírem por algum motivo, o setor pode ter um colapso.

O presidente da Eletrobrás citou como exemplo das dificuldades do setor o caso da Usina de Simplício, na divisa de Minas Gerais com o Rio de Janeiro.

"A usina já tem uma licença prévia e, antes de começarmos as obras, optamos por dar início à construção de um túnel que terá de ser construído sob o leito do Rio Paraíba do Sul, que vai aumentar a vazão da usina. O túnel já estava no projeto que recebeu a licença, mas agora o Ibama diz que é preciso uma licença específica. Não faz sentido. E a obra poderá atrasar em torno de seis meses.

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