Rio – A Eletrobrás está aguardando a autorização para iniciar investimentos no exterior em parcerias com empresas privadas, informa o presidente da empresa, Aloísio Vasconcelos. Segundo ele, está em análise na Casa Civil da Presidência da República, para ser encaminhada ao Congresso Nacional, uma proposta de projeto de lei definindo a participação da Eletrobrás na venda de serviços de engenharia, atuação nas áreas de consultoria e monitoramento e a autorização para ativos no exterior.
Vasconcelos explicou que já existem três possibilidades de investimentos. "São negócios muito bem adiantados e conversados. Em uma linguagem de gíria, na marca do pênalti, só esperando a lei que limita a nossa ação na área internacional ser liberada", afirmou.
A Eletrobrás pretende participar da criação de uma empresa binacional na Namíbia e em Angola, na África. Trata-se de uma usina no rio Cuneine, com capacidade de 560 megawatts, que seria construída por um consórcio formado pelas empresas Furnas Centrais Elétricas (subsidiária da estatal), Odebrecht e Engevix. O presidente avalia que será investido o equivalente a US 600 milhões.
Outro projeto, com investimentos estimados em US$ 260 milhões, é uma usina no rio Lempa, em El Salvador, na América Central, com capacidade de 560 megawatts. Nesse consórcio haveria a participação da construtora Andrade Gutierrez.
O terceiro projeto seria desenvolvido na Argentina para a instalação de uma linha de transmissão de energia. "A Eletrobrás está exportando tecnologia que acumulou ao longo de 44 anos", concluiu Vasconcelos.
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