O empresário Eike Batista afirmou hoje que sua empresa, a EBX, pode deixar a Bolívia. Uma decisão poderia ser tomada nos próximos dias. Eike negou que a EBX esteja ilegal na Bolívia, como acusa o presidente boliviano, Evo Morales. "É impossível um investimento deste porte entrar em um país pela porta dos fundos", afirmou o empresário. Eike afirmou que o investimento da EBX chega a US$ 150 milhões e que só na área ambiental os investimentos seriam de US$ 30 milhões. Estes investimentos, segundo ele, foram feitos respeitando as leis sociais e ambientais do país.
O empresário brasileiro observou que, diante das declarações que vêm sendo dadas recentemente pelo presidente Evo Morales, é possível que nos próximos dias seja tomada pela EBX uma decisão de reverter o investimento. Eike afirmou que, pelo fato de a siderúrgica ter sido montada pelo sistema "modular", seria possível transferir o investimento para o Brasil ou outros países da região.
Em entrevista veiculada ontem pelo programa Roda Viva, da TV Cultura, o presidente boliviano, Evo Morales, manteve o discurso agressivo contra a siderúrgica. "As empresas de petróleo, ou de serviços, que se submetem às leis bolivianas terão segurança jurídica. Mas empresas como a EBX têm dois caminhos: abandonar voluntariamente ou serem expulsas", afirmou. Ele argumenta que a empresa não respeitou as leis bolivianas e se instalou ilegalmente na faixa de fronteira, o que não seria permitido pela constituição local. "Seguramente antes, com um tipo de suborno, puderam se instalar. Mas isso terminou", acusou
