Poucos egípcios votaram nesta segunda-feira (26) em um referendo sobre emendas constitucionais que podem ajudar o Partido Nacional Democrata (governista) a excluir os grupos islâmicos de oposição do sistema político do país. Entre as mudanças previstas, está a proibição de atividade política ou partidos baseados em religião. Os maiores grupos de oposição ao governo, incluindo o influente partido Irmandade Muçulmana, pediram que seus partidários boicotassem o referendo, alegando que não havia como ter certeza de que a votação seria justa.
Segundo o governo, o referendo é parte de um programa de reformas para "revigorar a atividade partidária" e fortalecer a luta contra o terrorismo. De acordo com o ministro da Informação Anas el-Feki, a votação teve participação de cerca de 27% dos egípcios. No entanto, a Organização pelos Direitos Humanos do Egito, estimou que apenas 3% do eleitorado votou no referendo.