Efraim decide que depoimento de caseiro será aberto

O presidente da CPI dos Bingos, senador Efraim Moraes (PFL-PB), contrariando o governistas, anunciou que a sessão para ouvir o depoimento do caseiro Francenildo Santos Costa será aberta. Os ânimos dos senadores seguem exaltados, em uma sessão tumultuada que já se prolonga por mais de duas horas. Até agora, o caseiro só falou três vezes quando os senadores pediram que confirmasse a entrevista concedida ao jornal "O Estado de S.Paulo" que circulou na terça-feira. O líder do governo, Aloizio Mercadante (PT-SP), que já havia saído da sala, retornou. Antes, ele pedira a cada um dos senadores de oposição que não fizessem perguntas sobre a vida privada do ministro da Fazenda, Antonio Palocci.

Um bate-boca entre os senadores Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) e Tião Viana (PT-AC) ocorreu quando senador José Jorge (PFL-PE) leu o texto do mandado de segurança encaminhado pelo PT ao Supremo Tribunal Federal. "Isso é gravíssimo. É um pedido absurdo. É um cerceamento da CPI e do Congresso Nacional. O senhor está querendo fechar esta casa. É um absurdo", disse Antonio Carlos Magalhães.

Nervoso, Tião Viana respondeu dizendo que buscou um entendimento, mas que não obteve sucesso com a oposição. Na sua avaliação, a CPI não pode fugir ao fato determinado que motivou a sua criação, que foi a investigação dos bingos. "Isso aqui não é um gueto não", afirmou Tião Vianna à tentativa da oposição de controlar a oposição. Efraim Moraes ameaçou até mesmo a desligar o som do microfone de Tião Viana. Antonio Carlos Magalhães, aos gritos, e dirigindo-se a Tião Viana disse que os governistas "não querem investigar os ladrões do PT, os crimes que seus correligionários cometeram".

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