A implementação da Agenda do Desenvolvimento dependerá de mudanças em políticas econômicas do atual governo. Quem defende é um membro do próprio Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, que aprovou a Agenda. O economista Clemente Ganz Lucio representa no Conselho o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese).

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Um exemplo de mudança, para Ganz, "é a elevada taxa de juros, que inviabiliza muitas ações". "Também é necessário o alargamento da dívida pública de forma a gerar mais recursos para investimentos. Os recursos deslocados para remunerar a dívida pública deixam de ser aplicados em desenvolvimento", avalia.

O diretor do Dieese garante que as indicações do conselho têm "uma ressonância forte no governo". "A reunião de ontem expressou uma convergência de prioridades e de visão de futuro entre o conselho e o governo, especialmente na centralidade da questão do desenvolvimento", diz. Uma vez entregue a Agenda Nacional de Desenvolvimento ao presidente Lula, caberá ao próprio Conselho de Desenvolvimento definir se fará, ou não, o monitoramento da implementação das ações sugeridas. "A próxima etapa será definir sobre o acompanhamento da implementação da agenda e sobre a realização de fóruns para apresentar este trabalho à sociedade", conta Ganz.

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