Efeitos da renda e moradia na saúde vão definir políticas para ministério

Brasília – A qualidade da saúde de uma população não é determinada apenas pelo atendimento médico que recebe. O emprego, a renda e a moradia dessa população pesam muito mais, na opinião do ministro da Saúde, José Gomes Temporão. "As pessoas normalmente pensam que o que determina o padrão de saúde de uma sociedade é o seu sistema de saúde. E não é. É a distribuição de renda em primeiro lugar, o acesso à educação, o acesso a emprego, moradia, saneamento ambiental, padrão alimentar, acesso à cultura, esses são os determinantes".

Temporão participou nesta quinta-feira (12) do primeiro dia de debates da Reunião Regional da Sociedade Civil que vai apresentar propostas Comissão sobre Determinantes Sociais da Organização Mundial de Saúde (OMS) As propostas serão encaminhadas ao ministério.

"Estou aguardando um relatório do encontro para ver em que medida já a primeira reflexão dessa comissão, que ela é composta por cidadãos, não só por especialistas da área de saúde, que medidas práticas essa comissão já propõe ao ministério para que nós possamos implementar", disse o ministro. O relatório será elaborado por Paulo Buss, presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que coordena a comissão da OMS.

O Brasil não tem uma política de saúde, mas uma política de atenção à saúde, afirma o ministro da Saúde. Segundo ele, uma política de saúde ideal deve pensar o quê determina o surgimento de doenças, e como a sociedade deve se mobilizar para evitar o seu adoecimento.

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