Efeito frei Galvão agita abertura do mercado de juros

Em apenas uma hora de pregão eletrônico na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o vencimento de julho de 2007 do depósito interfinanceiro (DI) já somou mais de 300 mil contratos negociados – sendo que mais da metade disso foi fechado nos primeiros minutos de negociação -, e teve a projeção da taxa de juros reduzida para 12,26% ao ano, de 12,30% ontem.

O movimento no mercado futuro de juros tem mais uma vez como pano de fundo o efeito frei Galvão, alimentado pela nota divulgada ontem à noite pelo Banco Central, a partir da qual o mercado concluiu que, se o feriado do dia 11 de maio for aprovado (dia do primeiro santo brasileiro), o mês de maio terá um dia útil a menos. A nota do BC diz que "os feriados de âmbito nacional não são considerados dias úteis para fins de operações praticadas no mercado financeiro e de prestação de informações do Banco Central".

Isso implica, portanto, uma correção na precificação dos juros futuros de todos os vencimentos, mas de forma mais intensa nos de curto prazo. No DI de julho de 2007, onde o mercado tem se concentrado para operar o evento, profissionais estimam que seja razoável pensar em mais redução de taxa. "O mercado está precificando 50% de chance de o feriado vingar", observa um operador.

"O Banco Central deveria ter se pronunciado antes, assim que os rumores começaram, a respeito dessa questão", defende o especialista, lembrando que muita gente já havia se posicionado na semana passada, antecipando-se à decisão do BC de não "dobrar o CDI".

Enquanto espera a definição do feriado – que depende agora de votação na Câmara dos Deputados -, o mercado deve diminuir o ritmo de negócios nos demais contratos de juros, acompanhando o clima de cautela nos demais segmentos de negócios por causa do feriado prolongado da Páscoa.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo