Se depender do dólar, os brasileiros podem esperar um inverno farto em guloseimas, regado a vinho importado e com o conforto que os eletrodomésticos podem proporcionar. Não que a queda da moeda americana na terça, quando furou a barreira simbólica dos R$ 2, já tenha reflexos no varejo. Isso só será sentido no bolso do consumidor dentro de um a três meses, tempo para que os pedidos fechados agora cheguem às prateleiras.
Mas, com o dólar em queda há quase três anos, já se vêem boas remarcações e aumento do volume de importação, principalmente nos alimentos e eletroeletrônicos. Na Casa Santa Luzia, os importados em 2006 não chegavam à metade dos 15.000 itens à venda. Hoje, são 55%, de 24 países. Preços mais atraentes das novas remessas são passados ao consumidor. A queda dos preços, segundo o diretor da Santa Luzia, Jorge da Conceição Lopes, não depende só do dólar, mas da concorrência. ?Os exportadores tinham ressalvas contra o Brasil, mas passaram a nos ver como opção segura, pela estabilidade?, disse.