O comércio varejista mantém a trajetória de crescimento nas vendas, com tendência de melhora, em conseqüência do reajuste do salário mínimo, aumento da ocupação, oferta de crédito e juros mais baixos, segundo avalia Reinaldo Pereira, técnico da coordenação de comércio e serviços do IBGE. Segundo ele, os resultados do mês de maio (aumento de 0,59% das vendas ante abril e 7,32% se comparadas a maio de 2005) foram influenciados também pela Copa do Mundo. O varejo tem registrado crescimento nas vendas ante igual mês do ano anterior, segundo a pesquisa do IBGE, desde dezembro de 2003
A proximidade da Copa do Mundo elevou as vendas do varejo de móveis e eletrodomésticos em maio, na comparação com abril (5 61%) e ante maio do ano passado (14,97%). Das cinco atividades ajustadas sazonalmente pelo IBGE, além de móveis e eletrodomésticos, houve crescimento ante abril nas vendas de veículos, motos, partes e peças (3,47%). Esse segmento também apresentou aumento nas vendas ante maio do ano passado (12,48%). Segundo Pereira, as vendas de automóveis estão sendo influenciadas positivamente pela "continuidade da política de crédito"
Por outro lado, as vendas do segmento de hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo caíram em maio ante abril (-0,40%). Este é o segmento com maior peso na pesquisa mensal de comércio do IBGE. Reinaldo Pereira disse que "provavelmente" esse segmento tenha sofrido os efeitos de comprometimento da renda do consumidor com a Copa do Mundo, com a troca da compra de bens não duráveis por duráveis
Apesar da queda ante mês anterior, o segmento manteve a trajetória de crescimento ante igual mês de ano anterior, com variação de 7,36% em maio ante igual mês de 2005. Com esse crescimento, o grupo representou a maior influência positiva nas vendas do varejo no mês nessa base de comparação. Segundo Pereira, os supermercados e hipermercados continuam sendo beneficiados pelo aumento no emprego e no rendimento, além da estabilidade nos preços dos alimentos