O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) lançou nesta semana o relatório ?Garantindo os Direitos das Crianças Indígenas?, expondo algumas iniciativas em favor dos direitos delas em todo o mundo. O relatório apresenta quatro prioridades para assegurar uma vida melhor às crianças indígenas: saúde e nutrição de qualidade; proteção e ajuda eficazes, incluindo o direito à terra e ao registro civil; participação dos povos indígenas em decisões que afetam suas vidas; e uma educação de boa qualidade, com alfabetização na língua materna.
O ensino é um dos pontos mais críticos. De acordo com especialistas, ainda não há um sistema que atenda as necessidades educacionais dos índios, respeitando seus costumes e ritmos de vida. A educação diferenciada está garantida na Constituição Federal.
O grande problema da educação indígena está na falta de qualificação dos professores. Os educadores enviados para as aldeias estão acostumados com o sistema de ensino das escolas nos centros urbanos e a lidar com crianças ?brancas?. Assim, eles não conseguem atender aos anseios das crianças indígenas, dificultando o aprendizado. Somente o professor da língua materna faz parte da comunidade.
No Paraná, existem 29 escolas dentro das áreas indígenas que atendem 3,2 mil crianças. Três desses estabelecimentos estão sob responsabilidade do Estado. (Leia mais na edição de amanhã do jornal O Estado do Paraná)