O secretário da Educação, Mauricio Requião, prestigiou a formatura de mais de 1.000 pessoas alfabetizadas através de uma parceria envolvendo a prefeitura de Campo Largo e Sesi, com recursos do programa Brasil Alfabetizado.
?O analfabetismo é uma das maiores vergonhas nacionais. Temos que nos unir, instituições públicas e privadas, para juntos superar de uma vez por todas esta condição?, afirma Mauricio.
Para Mauricio, o analfabetismo tem solução no Paraná. ?Neste ano, estamos atendendo aproximadamente 50 mil pessoas no programa Paraná Alfabetizado, isso representa uma ampliação de 90% em relação ao número de alunos do ano passado. Mas, se cada um dos 399 municípios do Estado fizesse o mesmo que Campo Largo, em um ano não teríamos mais analfabetos no Estado?, ressalta.
Para o prefeito Edson Basso, esta é uma data muito especial. ?Estas pessoas estão sendo incluídas não só no mercado de trabalho, mas em uma vida social melhor?, afirma.
De acordo com a secretária municipal de Educação de Campo Largo, Márcia Drehmer de Melo e Silva, esse é o reflexo de um grande trabalho realizado durante o ano. ?O município tem aproximadamente 7 mil pessoas não alfabetizadas. Para nós, esse número de formandos de hoje é muito representativo. Mas segundo informações, este número também é muito representativo no País, pois em nenhum município, participante do programa nacional, registrou-se um número tão grande de formandos?, afirma.
Alfabetizados
Maria Ferreira Alves, 58 anos, se diz extremamente contente e satisfeita em ter participado do programa. ?Agora fica tudo mais fácil. Para pegar um ônibus antigamente já era complicado, pois sempre tinha que perguntar para os outros e confiar na informação?, conta.
Já Cândida Peres Coimbra, 74, conta que muita coisa mudou desde que começou a aprender ler e escrever. ?Hoje posso ler livros, revistas, jornais e até a Bíblia?.
Para Gabriel de Paula Ramos, 33, esta é uma oportunidade muito boa. ?Voltar a estudar foi grande passo, mas quero ir além. Quero continuar na escola?, disse. ?Estou contente porque pude voltar a estudar, pois quando era pequeno não podia?, relata o formando Francisco Ferreira Alves, de 63.