Pesquisadores chineses ligados ao Centro de Estudos sobre Economia Rural de Pequim foram recebidos na manhã desta terça-feira pelo superintendente da Appa ? Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina, Eduardo Requião. O encontro serviu para o estreitamento da relação comercial entre o Paraná, através do terminal portuário, e a China, principal mercado consumidor da soja brasileira e responsável por cerca de 30% das exportações de soja realizadas pelo Porto de Paranaguá.
A qualidade dos serviços prestados e das cargas movimentadas mais uma vez foi a tônica do encontro. “É importante que esta delegação tenha consciência de que a nossa preocupação é desenvolver, junto com o Governo, a consciência da exportação de produtos com boas referências”, disse Eduardo Requião. Ele lembrou o impacto positivo da campanha liderada pela APPA para promover o Porto como terminal graneleiro de conceito reconhecido internacionalmente.
Com a visita dos pesquisadores chineses, o Porto de Paranaguá acumula o recebimento de cinco missões asiáticas realizadas de janeiro até o momento. “Estas reuniões empresariais fortalecem nosso intercâmbio comercial e estimulam novas parceiras como esta que já temos com empresários chineses”, disse Requião.
Interessa ao Porto abrir a possibilidade de, em negociações futuras, amortizar tarifas praticadas na exportação de soja em troca da aquisição de equipamentos portuários. Esta proposta vem sendo amplamente debatida em reuniões de trabalho e será novamente abordada pelo superintendente da APPA numa próxima oportunidade, diretamente com empresários chineses. “Dentro de 25 dias estarei acompanhando missão do Governo do Paraná a Pequim. Lá apresentaremos o Porto de Paranaguá como o principal canal de escoamento da soja e também como um dos mais importantes na movimentação de produtos do segmento da Carga Geral”, declarou o superintendente.
Durante sua visita comercial à China, o superintendente apresentará ainda Paranaguá como o porto escolhido pelos estados do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul para ser a via de embarque das 450 mil toneladas de algodão produzidas nos dois estados brasileiros, além da madeira e do couro, outros destaques na movimentação portuária.
“Somos o porto que embarca soja sem transgênicos e que é comercializada por um preço até 20% maior que a geneticamente modificada. Somos o porto que embarca algodão com qualidade superior a Índia, maior produtor mundial. Somos o porto que já bateu seu próprio recorde na receita cambial, registrando até agora uma aumento de US$ 1,5 bilhão a mais que o ano passado”, finalizou Eduardo Requião.