O ministro da Ciência e Tecnologia, Eduardo Campos, defendeu hoje a aprovação de
Lei de Biossegurança pela Câmara dos Deputados como forma de garantir esperança
de vida a cinco milhões de brasileiros que sofrem de diversas doenças musculares
e do aparelho locomotor. A Lei de Biossegurança regulamenta a pesquisa com
células-tronco embrionárias, capazes de auxiliar na pesquisa da cura de doenças
como Mal de Parkinson, diabetes, distrofias musculares e lesões medulares.

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"Acreditamos que o Congresso, a despeito de posições políticas
partidárias governo-oposição, hoje construirá um consenso importante no país.
Isso vai ser arrumado no debate no plenário", afirmou Eduardo Campos.

O
ministro se reúne nesta tarde com o presidente da Câmara, Severino Cavalcanti
(PP-PE), para fazer um relato sobre as pesquisas já financiadas pelo Ministério
da Ciência e Tecnologia, com resultados favoráveis aos portadores de doenças
cardiovasculares. "Eu tenho obrigação de trazer, como parlamentar e como
ministro, e como cidadão brasileiro, esse testemunho. Esse é um tema que vai
fazer com que a Câmara se aproxime da sociedade", disse ele.

Na opinião
de Eduardo Campos, as universidades brasileiras têm competência para realizar
pesquisas com células-troncos embrionárias, capazes de trazer resultados
favoráveis aos portadores de doenças degenerativas. "As universidades têm que
ser apoiadas por um marco regulatório como esse, e com recursos para que as
pesquisas possam avançar e responder a cinco milhões de brasileiros que estão
hoje olhando para o Congresso e aguardando essa votação", afirmou.

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Além
de Eduardo Campos, o médico Drauzio Varella e a cientista Mayana Zatz também
participam da audiência com Severino Cavalcanti. Segundo a pesquisadora, ser
contrário à vida é não permitir as pesquisas com células-tronco embrionárias.
"Elas têm potencial no futuro de salvar vidas", garantiu.

Familiares de
portadores de doenças que podem ser curadas com as pesquisas de células-tronco
estão desde o início da semana na Câmara dos Deputados para pressionar os
parlamentares a colocarem a lei em votação. O presidente Severino Cavalcanti
garantiu ontem que vai colocar a matéria em votação, mesmo sem ter uma posição
definitiva sobre as pesquisas con as células-tronco.

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