Edmundo e Valdivia devolvem confiança ao Palmeiras

Com o show palmeirense no clássico de domingo, contra o Corinthians, no Morumbi, Edmundo e Valdivia provaram que podem jogar juntos. A vitória por 3 a 0 teve a marca da dupla, que deve se transformar no maior trunfo do técnico Caio Júnior daqui para frente. Jogaram tanto que até o torcedor menos entusiasmado passou a acreditar na classificação para as semifinais. Mais do que isso: passou a acreditar na conquista do título do Campeonato Paulista.

Com a vitória no clássico, o Palmeiras ganhou apenas uma posição na tabela do Paulistão – saltou do 9º para o 8º lugar -, mas diminuiu a diferença para a zona de classificação. Com 19 pontos está só dois atrás do Noroeste, quarto colocado e adversário de quarta-feira, no Palestra Itália.

"Eu só tenho que confirmar que eles podem jogar juntos", disse o técnico Caio Júnior. "Sabe quantos jogos eles tinham feito juntos? Acho que dois ou três. Não dava para afirmar se eles podiam jogar juntos só com dois ou três jogos, né? Mas entendo que o problema seja só com o encaixe das características dos dois. Foi o que deu certo.

Pior para o Corinthians, que sofreu com a dupla palmeirense. No ataque, um Edmundo cheio de disposição, vibrando no mesmo ritmo da torcida, esbanjando garra e principalmente com fome de goleador, como nos velhos tempos. No meio-de-campo, um chileno Valdivia de rara habilidade, dribles curtos e desconcertantes, chegando a beirar o abuso. Tanto que o técnico Emerson Leão e o volante Magrão saíram de campo resmungando do jeitão do dono da camisa 10 do Palmeiras.

"O rapaz chileno jogou bem. Eu tenho até certa preocupação com isso no futuro, porque ele é técnico e exagerou com isso. Fico preocupado que aconteça algo mais grave", ironizou o treinador do Corinthians.

Na hora em que ficou sabendo da choradeira do técnico rival, Valdivia mostrou o mesmo abuso que mostra com a bola nos pés. "O Leão é treinador do Corinthians. O futebol é malandragem. Se ele está com raiva, o problema é dele. Sou assim na seleção chilena e aqui.

Mas para que o brilho da dupla não se apague, Caio Júnior sabe que dependerá muito da condição física dos dois jogadores, principalmente de Edmundo, que completará 36 anos em abril.

"É preciso ter atenção com o Edmundo com jogos acontecendo de três em três dias. A recuperação para ele é mais difícil. Ficou nítido que o tempo em que ficou parado foi fundamental para esse rendimento espetacular", elogiou Caio Júnior.

No que depender de Valdivia, o treinador nem tem com o que se preocupar. Além de "acabar" com o clássico, o chileno ainda saiu de campo cobrando aplausos da torcida, estreitando ainda mais a relação que já criou com as arquibancadas.

"Se a gente mostrar vontade e raça, a torcida fica feliz. Jogo para deixar não só a torcida satisfeita, mas também para os companheiros, para o treinador e para a diretoria, que acreditou em mim e foi até o Chile para me contratar", disse o endiabrado Valdivia.

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