A assessoria de imprensa da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT)informou há pouco que a greve dos funcionários, iniciada ontem, atingiu 10,75% de um total de 108 mil empregados, em todo o país. Segundo a assessoria, 11.648 funcionários não foram trabalhar ontem. Mas até as 10h30 de hoje foi registrado um retorno ao trabalho de 35% dos empregados que aderiram ontem à paralisação.

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Os Correios ofereceram 11,9% de reajuste e mais um abono de R$ 600, além de benefícios como o vale-refeição. Mas a proposta estava condicionada à não adesão à greve. Como a paralisação foi iniciada, a proposta dos Correios cai para um reajuste de 6,57% e um abono de R$ 400. Ainda segundo a assessoria da empresa, os funcionários pediam 20% de aumento real, 52% de reajuste referente a perdas passadas, como o Plano Collor e a URV, 40% relativos a ascensão na carreira, 6,57% da correção do IPCA, nos últimos 12 meses e aumento do piso salarial de R$ 448 para R$ 931. O total das reivindicações implicaria em gastos de R$ 24 bilhões no ano, enquanto que o faturamento anual da empresa é de R$ 8 bilhões.

Os Correios aceitam retomar as negociações, desde que os grevistas retornem ao trabalho. Ontem os Correios entraram no Tribunal Superior do Trabalho (TST), com um pedido de "dissídio de greve" para que seja julgada a paralisação. A expectativa dos Correios é de que a situação se resolva em dois ou três dias.

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