O comportamento da inflação em junho indica que há margem para uma pequena redução na taxa de juros na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). A avaliação é do coordenador de Análises Econômicas do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas, Salomão Quadros.
O economista acha que o ideal seria uma redução de meio ponto percentual. “Uma redução da taxa de juros de meio ponto significaria uma diferença praticamente imperceptível na demanda da economia. De modo que não traria nenhum risco inflacionário. Acho que, se vier uma redução, tem que ser pequena, porque o mais importante é fazer a fronteira entre o período de alta e o de redução”, disse Salomão.
Ele acredita que uma queda maior poderia gerar interpretação no mercado sobre a intenção da medida. “Tudo indica que, tanto pelo lado direto da influência que o juro tem sobre a demanda, como também pela formação da expectativa, se a decisão realmente for de redução, ela será de meio ponto”, avaliou o economista.
