A zona do euro registrou déficit comercial de 400 milhões de euros (US$ 535,6 milhões) em novembro do ano passado, após o superávit revisado de 4,7 bilhões de euros de outubro, informou hoje a agência de estatísticas da União Europeia, a Eurostat. Economistas previam um superávit de 1,8 bilhão de euros. Em novembro de 2009, o bloco havia obtido um superávit comercial de 3,1 bilhões de euros.
O superávit de outubro do ano passado havia sido calculado, anteriormente, em 5,2 bilhões de euros. Os dados divulgados hoje levam em conta os 16 países que, em novembro do ano passado, utilizavam o euro como moeda. Desde o início de 2011, a Estônia também faz parte da zona do euro.
As exportações subiram para 140,9 bilhões de euros em novembro do ano passado, ante 139,6 bilhões de euros em outubro. Já as importações aumentaram para 141,3 bilhões de euros, ante 134,9 bilhões de euros. Em base sazonalmente ajustada, as exportações cresceram 0,2% nessa base de comparação, enquanto as importações avançaram 4,4%.
Dados dos dez meses entre janeiro e outubro de 2010 sugerem que os preços mais altos da energia podem ter sido a razão do aumento das importações. O déficit da zona do euro nesse segmento de comércio aumentou para 206,1 bilhões de euros no período, de 165,3 bilhões de euros no mesmo período de 2009.
A Alemanha continuou tendo o maior superávit do bloco. Nos primeiros dez meses do ano passado, o país exportou 127,6 bilhões de euros a mais do que importou, em comparação com 110,4 bilhões de euros de um ano antes. O superávit da Irlanda também subiu, atingindo 36,2 bilhões de euros, de 33,0 bilhões de euros.
Por outro lado, entre janeiro e outubro de 2010 a Espanha teve déficit de 42,6 bilhões de euros, ante 38,9 bilhões de euros no mesmo período de 2009. Portugal teve déficit de 16,4 bilhões de euros, de 16,0 bilhões de euros. O déficit da Itália disparou para 21,2 bilhões de euros, de 4,7 bilhões de euros.
O superávit da zona do euro com os EUA nos primeiros dez meses de 2010 subiu para 44,9 bilhões de euros, de 30,5 bilhões de euros de um ano antes, com aumento de 18% nas exportações e de 9% nas importações. Com a China, o déficit da zona do euro se ampliou para 94,3 bilhões de euros, de 74,7 bilhões de euros, apesar de um aumento de 38% nas exportações. As informações são da Dow Jones.