Esperar que o novo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, fosse anunciar medidas nesta sexta-feira, 13, seria um pouco demais, ponderou a economista-chefe da XP Investimentos e colunista do Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, Zeina Latif. No entanto, de acordo com ela, gerou alguma frustração no mercado o fato de Meirelles não ter anunciado o time de auxiliares. “Ficou para o mercado a sensação de que o ministro está enfrentando dificuldades para encontrar peças para formar a equipe”, disse Zeina.

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Para ela, a fala de Meirelles hoje foi a do “discurso do pensamento”: não deu nenhum detalhe de quais medidas e como serão tomadas, mas disse o que todo mundo sabe que precisa ser feito.

Por exemplo, diz Zeina, quando Meirelles falou sobre a dívida dos Estados e municípios com a União, ele confirmou que manterá as negociações iniciadas pelo ex-ministro da Fazenda Nelson Barbosa. “Mas ponderou que terá que ser uma negociação definitiva, que não pode ser revista toda hora”, comentou.

Ela disse entender a situação de Meirelles, ao não divulgar os principais nomes da equipe econômica hoje. O PMDB, afirmou a economista, é um partido que dá muita importância para a forma política de se fazer as coisas.

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“O PMDB só vai mandar uma medida para ser apreciada pelo Congresso depois de o conteúdo já ter sido negociado, acertado. Não vai fazer como fazia o governo anterior e até o Joaquim Levy, que jogava as medidas no colo do Congresso e deixava para os parlamentares resolverem”, compara a chefe do Departamento Econômico da XP Investimentos. Para ela, talvez seja por isso que o ex-ministro Levy não tenha conseguido aprovar muita coisa no Congresso.

Na segunda-feira, na avaliação de Zeina, é possível que o ministro da Fazenda já tenha completado o time da equipe econômica e aproveite para anunciar medidas de fato.

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