Seria perigoso “simplesmente ignorar” os riscos de longo prazo de novos estímulos monetários, diz o presidente do Bundesbank, o banco central alemão, Jens Weidmann.

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Em um discurso preparado para ser lido hoje, durante o relatório anual do Bundesbank, Weidmann, que também é integrante do conselho da autoridade monetária europeia, dirá que não está preocupado com os efeitos negativos da inflação ultra baixa sobre o aumento dos salários. A questão, para ele, é que “os salários em alguns países terão que crescer abaixo do crescimento da produtividade”.

Os comentários de Weidmann, um dos principais críticos da política de relaxamento monetário do BCE, mostram que o presidente Mario Draghi terá trabalho em ganhar unanimidade dos membros da instituição para anunciar novos estímulos.

Muitos acreditam que o BCE possa cortar sua taxa de depósito para além do território de -0,3%, onde ela está no momento, além de expandir seu programa de compras de ativos além dos 60 bilhões de euros mensais.

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Por causa do sistema rotativo de votação do BCE, Weidmann não tem direito a voto na reunião de março.

O dirigente do Bundesbank também minimiza preocupações sobre as perspectivas de crescimento da zona do euro. “A perspectiva da região não é tão ruim como alguns fazem parecer”.

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Sobre juros negativos, Weidmann disse que os BCs que esta é a maneira errada de responder aos desafios no momento. “Ao invés de focar na repressão financeira, deveríamos estar discutindo como retornar a taxas mais altas de juros através do crescimento sustentável”, disse. Para ele, os juros negativos fazem mais sentido em um mundo onde o dinheiro vivo é eliminado. No caso da Alemanha, acrescenta, quase 80% das transações “ponto-a-venda” são feitos em dinheiro. Fonte: Dow Jones Newswires.