Após um 2008 com recordes em vendas, a Votorantim Cimentos espera um crescimento de 0,5% neste ano para a região Sul do Brasil. A informação é do diretor de Operações Sul da empresa, Mario Fontoura.
“Pode parecer pouco, mas é bastante se considerar que 2008 teve o maior desempenho dos últimos anos. No auge da crise, evidentemente o mercado sentiu, e mesmo assim conseguimos fechar um ano com resultado maior. Dá para dizer que a crise já ficou para trás e estamos em processo de aquecimento”, comenta. A Votorantim é a líder nacional do setor.
Dados do Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (Snic) indicam que, no ano passado, houve um consumo aparente de 51,5 milhões toneladas de cimento no Brasil. Na região Sul, o número chegou a 8,5 milhões de toneladas, o que representou um aumento de 23,6% em relação a 2007.
A Votorantim possui uma unidade produtora de cimento, argamassa, agregados (brita e areia) e pó calcário em Rio Branco do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba.
A fábrica foi instalada em 1950 e possui atualmente uma capacidade instalada de produção de cinco milhões de toneladas de cimento ao ano, a maior das Américas. A unidade paranaense se tornou um celeiro para as outras plantas da empresa no Brasil e no exterior. A fábrica em Rio Branco do Sul gera 600 empregos diretos e 350 indiretos.
Com capacidade instalada suficiente no Sul do País para atender a demanda do consumo real e também do consumo potencial, a empresa também tem projetos em andamento, como a unidade de Vidal Ramos (Santa Catarina), que deve começar a funcionar no primeiro trimestre de 2011.
“No Paraná há estudos avançados para outros projetos de ampliação de capacidade”, garante. Somente na fábrica de Rio Branco do Sul, a Votorantim investiu R$ 21 milhões nos últimos cinco anos. Deste valor, R$ 5 milhões foram destinados à área de meio ambiente.
A empresa possui métodos de prevenção contra poluição, como a instalação de filtros e monitoramento atmosférico contínuo online e descontínuo (a cada seis meses). Existem ainda o monitoramento da qualidade do ar e de águas e efluentes.
Nesta área, o grande destaque da empresa é o co-processamento, no qual o lixo industrial passa a ser utilizado como potencial energético ou como fração mineral na matéria-prima.
Neste último caso, são usados solo contaminado ou outros resíduos que possuem ferro e alumínio em suas composições. Eles substituem a argila no momento da fabricação do cimento, sem comprometer a qualidade do produto final.