A Volvo do Brasil anunciou a efetivação de 366 trabalhadores temporários cujos contratos venceram na última segunda-feira (2), mas informou o desligamento de outros 208 colaboradores – 156 empregados que tinham contratos por prazo determinado mais 52 funcionários efetivos. Em nota, a montadora instalada na Cidade Industrial de Curitiba (CIC) atribuiu a reestruturação do quadro funcional à atual realidade do mercado.
Segundo o comunicado, as contratações se baseiam “na expectativa de melhora das vendas de caminhões no segundo semestre e levando em conta as importantes medidas de incentivo à economia tomadas pelo governo federal”. Já a explicação oficial para as demissões foi a queda de 19,4% nas vendas de caminhões no Brasil nos cinco primeiros meses do ano. De janeiro a maio, a empresa comercializou 5.750 unidades de caminhões, contra 7.137 em igual período do ano passado. Porém no segmento de ônibus, que tem menor peso, houve expansão de 242%: 790 unidades no acumulado de 2012, contra 231 no ano passado.
A fabricante ressalta que o plano de investimentos no País não será alterado, mesmo com a redução da projeção de crescimento do PIB – de 3,5% para 2%. A Volvo tem 4 mil colaboradores diretos – 3 mil só no chão de fábrica – e 2 mil terceirizados.
O Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC) destaca que, além dos direitos previstos em lei, os demitidos receberão um bônus de 2,5 a 4 salários nominais e a extensão do plano médico por três meses. A entidade divulgou que mais 240 temporários seriam efetivados dentro de dois meses, mas a assessoria de imprensa da Volvo não confirmou a informação.
De acordo com o SMC, os Pacotes de Aceleração do Crescimento (PAC) Equipamentos e o de Compras Governamentais preveem a compra de 8 mil novos caminhões e 8 mil novos ônibus escolares. A produção do ônibus híbrido e uma possível demanda da Suécia de 500 ônibus são outros fatores que geram otimismo entre os trabalhadores da Volvo.
