O movimentação de cargas nas ferrovias brasileiras em 2013 cresceu 1,8%, de acordo com dados da Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF). Na comparação com 2012, o volume transportado nas linhas férreas do País aumentou de 481 milhões de toneladas para 490 milhões de toneladas.
Para o presidente da entidade, Rodrigo Vilaça, o baixo desempenho da economia brasileira e a queda nas exportações impediram que o volume transportado pelo modal se expandisse mais no ano passado. Ainda assim, o executivo destacou que o crescimento foi maior do que a taxa de 1,3% registrada de 2011 para 2012.
Da mesma forma, a produção ferroviária – medida pelo número de toneladas transportadas por quilômetro de trilhos – aumentou 1,1% em 2013. De acordo com a ANTF, a produção subiu de 297,8 bilhões de toneladas por quilômetro útil (TKU) para 301 TKU.
No ano passado, os principais produtos transportados nas ferrovias foram o minério de ferro e o carvão, que representaram 75,71% do volume total, seguidos pelas mercadorias relacionadas ao agronegócio, com 14,86% da movimentação. “As nossas ferrovias são de carga pesada e sempre serão. Mas o crescimento da carga geral igualou a expansão de transporte de minério e carvão nesse período. Já transportamos cerca de um terço da produção do agronegócio do País, principalmente com soja e milho”, destacou Vilaça.
Desde 1997, quando se iniciaram as concessões do setor, o volume transportado no modal cresceu 94,1%, passando de 253,3 milhões de toneladas para 490 milhões de toneladas. Apesar do baixo crescimento nos últimos dois anos, a ANTF projeta uma expansão de 12,5% nos próximos dois anos, chegando a 550 milhões de toneladas transportadas em 2016.
Os investimentos das concessionárias em 2013 chegaram a R$ 4,67 bilhões apenas na modernização do sistema ferroviário, sem incluir os recursos gastos na expansão da malha. A projeção de desembolsos até 2016 é de mais R$ 6 bilhões.
“Acreditamos que o setor terá impulso nos próximos anos. O horizonte é bastante interessante entre 2015 e 2020. Temos uma expectativa muito grande em relação à aceleração das obras no setor ferroviário”, completou Vilaça. Para ele, a participação do modal na matriz de transportes do País pode saltar dos atuais 24% para 32% até o fim da década.