Volta aos trilhos

Positiva e patriótica a posição firmada por associações e sindicatos de engenheiros ferroviários de todo o País, ao lançarem movimento nacional pela não-extinção da Rede Ferroviária Federal, conforme pretende o governo da União.

Um grupo de trabalho, designado pela Federação Nacional de Engenheiros Ferroviários, vai fornecer subsídios à Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados, visando encorpar a proposta a ser apresentada ao ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, e ao presidente da República.

Sob o lúcido argumento que a extinção da RFFSA, além do imenso prejuízo financeiro para os cofres públicos e a continuidade de sérios problemas na área do transporte ferroviário, mesmo com o avanço trazido pela privatização, os defensores desse histórico patrimônio público citam inúmeras alternativas para a sobrevivência da Rede.

A empresa pode ser transformada em autarquia, adequar-se ao atual estágio de desenvolvimento do País ou ser inserida numa nova configuração administrativa do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (DNIT). Como se percebe, não é por falta de soluções viáveis do ponto de vista político e econômico, que o País poderá afligir com o mais punitivo dos castigos – a extinção – empresa que tantos e bons serviços prestou ao desenvolvimento e à integração nacional.

Não é possível que toda a lucidez dos nossos homens públicos tenha se esvaído num lance de dados.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo