Disposta a entrar no segmento de veículos que mais tem crescido nos últimos anos no Brasil, a Volkswagen planeja lançar cinco SUVs no mercado até 2020. A estratégia é resultado de uma lição aprendida pela montadora durante a crise econômica, período em que, enquanto o mercado como um todo caía, o segmento de SUVs apresentava bons resultados.

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“Queremos nos reconectar com o consumidor brasileiro”, disse o presidente da empresa para América do Sul, América Central e Caribe, Pablo Di Si, em conversa com jornalistas na capital paulista. Ele reafirmou o plano da montadora de investir R$ 7 bilhões no Brasil até 2020.

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Em 2012, quando as vendas de veículos bateram recorde no Brasil, os SUVs representavam somente 9% do mercado. Nos quatro anos seguintes, de 2013 a 2016, quando o mercado registrou quedas consecutivas, a participação dos SUVs saltou para 18%. Em 2017, quando o mercado total voltou a crescer, a um ritmo de 9%, a venda de SUVs teve expansão de 37%, quatro vezes mais. Todos os dados são da Fenabrave, associação que representa as concessionárias de veículos.

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Boa parte do sucesso das SUVs nos últimos anos se deve ao lançamento do Renegade, da Jeep, e do HR-V, da Honda. Agora, outras marcas estão correndo atrás para tentar se aproveitar da expansão desse nicho. No início de 2017, por exemplo, a Hyundai lançou o Creta. E para 2018 a Volkswagen planeja começar a vender o Tiguan, que será importado, e o T-Cross, que será produzido em Curitiba.

O presidente da Volkswagen reconhece que a empresa entrou tarde nesse segmento, mas acredita que este é um nicho que ainda tem espaço para crescer no Brasil. Para ele, a participação das SUVs no mercado brasileiro deve chegar a algo entre 25% e 30% até 2021, de um nível atual de 22% alcançado em 2017. Com isso, ele espera que esse segmento se torne o preferido dos brasileiros. Hoje, o segmento de hatch pequeno é o que mais vende, com 27% do mercado.