Foto: Valquir Aureliano/O Estado |
É cada vez maior o número de usuários de celular. |
A Vivo fechou 2006 com 29,08% de participação no mercado nacional de telefonia móvel, que terminou o ano em 99,918 milhões de assinantes. A companhia manteve-se na liderança do setor, em número de usuários, embora sua vantagem sobre a segunda colocada, TIM Brasil, tenha caído significativamente ao longo do ano passado.
No encerramento de 2005, a Vivo tinha 11,12 pontos porcentuais de vantagem sobre a companhia italiana. Esse indicador foi reduzido para uma diferença de apenas 3,63 pontos porcentuais, uma vez que a concorrente terminou o ano com 25,45% do mercado ante os 23,42% de 12 meses atrás.
O cenário resulta de uma combinação de fatores, entre os quais uma ?limpeza de base? promovida pela Vivo. Essa iniciativa fez com que a empresa fechasse 2006 com 29,056 milhões de clientes, comparado aos 29,776 milhões contabilizados no encerramento do exercício anterior, e contribuiu fortemente para a perda de 5,46 pontos porcentuais em sua fatia de mercado.
Enquanto isso, a TIM conquistou 5,239 milhões de novos adeptos a sua marca no ano passado – equivalente a mais de 38% das adições líquidas de todo o setor. O grupo italiano, segundo os dados da Anatel, saiu de 20,190 milhões de assinantes, em 2005, para 25,429 milhões ao final de dezembro passado.
Considerando apenas o mês de dezembro, os dados da Anatel apontam que a Claro foi a líder das vendas, suportada por uma estratégia comercial agressiva de doação de celular e de elevado volume de bônus e créditos para consumidores que aderissem a planos de fidelidade da companhia – mesmo aqueles com gastos mensais reduzidos. A companhia conseguiu praticamente 1 milhão de novos assinantes líquidos somente no mês passado, o que elevou sua base a 23,88 milhões, equivalente a 23,90% do mercado brasileiro.
O desempenho de dezembro permitiu que a Claro divida com a TIM a liderança na captação de clientes em 2006. A companhia do grupo mexicano conseguiu 5,225 milhões de novos clientes – praticamente o mesmo número que a empresa de capital italiano. Os números do órgão regulador indicam ainda que a Vivo captou 363 mil novos usuários no mês do Natal, enquanto a TIM obteve 707 mil consumidores.
A Oi terminou 2006 com 13,09% de participação de mercado, ou 13 079 milhões de assinantes, ante os 11,99%, ou 10,336 milhões de clientes verificados em 2005. Considerando apenas o mês passado, a operadora do grupo Telemar adicionou 241 mil consumidores ao seu portfólio.
A Telemig Celular e a Amazônia Celular permanecem, como a Vivo, reduzindo sua fatia na base nacional de telefones móveis ativos. A participação dessas companhias caiu de 5,30% para 4,65% na comparação de 12 meses. O total de assinantes das empresas praticamente não sofreu alteração: passou de 4,569 mil, ao final de 2005, para 4,646 mil, ao término do ano passado.
BrT GSM subiu de 2,57% para 3,38% no comparativo anual e a Sercomtel fechou dezembro com 0,08% ante os 0,09% do encerramento do exercício anterior.
Falta pouco para o País chegar aos 100 milhões
Brasília (AE) – Faltou pouco para o Brasil alcançar a marca histórica de 100 milhões de celulares em 2006, como as empresas haviam previsto. De acordo com o balanço divulgado ontem pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o País fechou o ano com 99,918 milhões de telefones móveis em operação. Somente em dezembro foram vendidos 2,586 milhões de aparelhos.
O crescimento em 2006 foi de 15,9% em relação ao ano anterior. De janeiro a dezembro foram vendidos 13,7 milhões de telefones móveis. Apesar de o crescimento ser ainda bastante significativo, os dados da Anatel mostram uma desaceleração neste mercado em relação aos anos anteriores. Em 2004, a telefonia celular no País cresceu 41,47% e, em 2005, 31,41%.
As empresas apostavam mais nas vendas de Natal, mas o resultado foi inferior às do mesmo período nos últimos anos. Só em 2002 venderam-se menos celulares que em dezembro de 2006. Naquele ano, 1,609 milhão de telefones entraram em funcionamento no mês de dezembro. Foram vendidos 3,859 milhões de aparelhos em dezembro de 2005, 4,417 milhões em dezembro de 2004 e 3,363 milhões em dezembro de 2003.
Mesmo com a diminuição no ritmo das vendas, o número de celulares no Brasil mostra um crescimento vertiginoso. Nos últimos três anos, essa base dobrou de tamanho. No fim de 2003, havia 46,3 milhões de aparelhos. Há dez anos, o País tinha 2,7 milhões de celulares.
O desempenho brasileiro colocava o País, em outubro de 2006, na sexta posição mundial, atrás da China, EUA, Rússia, Índia e Japão. De cada duas pessoas, uma tem celular no Brasil. No Distrito Federal está, proporcionalmente, o maior número de assinantes: há mais de um celular por pessoa.