ALIMENTAÇÃO

Vilão do ano passado, preço da carne cai

O preço da carne, que no ano passado foi o produto que mais impactou na inflação, está apresentando queda nos primeiros meses do ano. Segundo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), uma prévia do IPCA, divulgado ontem, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a queda desse subitem no País foi de -1,87%. Sendo que a Grande Curitiba registrou a maior redução entre as regiões pesquisadas – -4,01%.

O IPCA-15 de Curitiba e Região Metropolitana (RMC) foi 0,78% no mês de fevereiro, registrando uma desaceleração de 0,1% em relação a janeiro – 0,79%. No acumulado do ano, a capital soma 1,59%. E, na variação em doze meses, Curitiba e região apresentam 7,08%, a maior entre todas as regiões pesquisadas.

Em relação ao grupo Alimentos e Bebidas, a variação na Grande Curitiba foi de 0,04%, a menor entre todas as regiões. E, dentro desse grupo, destaca-se a redução do preço das carnes. Já em relação ao grupo Habitação, a RMC teve a maior alta de todo o País – 0,78%. Nesse caso, o subitem Aluguel e Taxas foi responsável por um aumento de 1,70%, bem acima da média nacional, de 0,44%.

Os Combustíveis e Energia apresentaram queda de 0,28% na Grande Curitiba. O mesmo aconteceu no grupo Artigos de Residência, registrando -0,67%, a maior queda entre todas as regiões. Em relação ao Vestuário, a capital teve alta de 0,16%, e no grupo Transportes, o aumento foi de 0,53% na prévia de fevereiro. Sobre Saúde e Cuidados Pessoais, a alta registrada foi de 0,60%.

Já as Despesas Pessoais acumularam alta de 1,15% na RMC. O grupo Educação também registrou aumento de 5,99%. Para finalizar, a Grande Curitiba apresentou queda de 0,06% no grupo Comunicação.

Nacional

O IPCA-15 nacional teve variação de 0,97% em fevereiro, resultado superior ao de janeiro (0,76%). Considerando os últimos doze meses, situou-se em 6,08%, muito próximo aos doze meses anteriores (6,04%). Em fevereiro de 2010, a taxa havia ficado em 0,94%.

O grupo Educação, com alta de 5,88%, apresentou a maior variação e maior contribuição de grupo (0,41 ponto percentual, que representa 43% do índice do mês). Esse resultado reflete os reajustes verificados no início do ano letivo, com destaque para os aumentos nas mensalidades dos cursos de ensino formal, que subiram 6,41% e constituíram-se no item de maior contribuição individual do mês (0,31 ponto percentual).

À exceção de Fortaleza, região metropolitana que não apresentou aumento em virtude da diferença da data de reajuste, as demais regiões situaram-se entre os 4,54% da região metropolitana de Porto Alegre e os 8,38% de Salvador. Nas mensalidades dos cursos diversos (idioma, informática etc.) a variação foi de 8,22%.

Aumentos

Ainda de janeiro para fevereiro, a aceleração do IPCA-15 também pode ser explicada pelos aumentos ocorridos nos Transportes (de 0,89% em janeiro para 1,04% em fevereiro). Isso se deve principalmente aos reajustes ocorridos nas tarifas dos ônibus urbanos, cuja alta de 3,37% levou à contribuição de 0,13 ponto percentual, individualmente a segunda maior do mês.

Foram registradas variações nas tarifas dos ônibus urbanos das seguintes regiões metropolitanas: São Paulo (7,53%), Recife (6,29%), Salvador (5,04%), Belo Horizonte (2,94%) e Porto Alegre (1,22%). Além disso, entre outros aumentos, destacaram-se as tarifas dos ônibus intermunicipais (1,28%) e interestaduais (3,34%).

O grupo Despesas Pessoais (de 0,74% em janeiro para 1,17% em fevereiro) continuou sob influência dos empregados domésticos (0,91%), acrescentando-se os itens jogos de azar (6,37%) e cigarros (1,61%). Com isto, os produtos não alimentícios passaram de 0,62% de janeiro para 1,09% no mês de fevereiro.

Já os alimentos mostraram forte redução no ritmo de crescimento de preços, de 1,21% em janeiro para 0,57% em fevereiro. Além das carnes, outros alimentos também ficaram mais baratos de um mês para o outro, com destaque para o feijão carioca (-11,66%), batata-inglesa (-9,15%), feijão preto (-4,43%), arroz (-1,38%) e frango (-1,17%).

Além dos alimentos, os grupos Habitação (de 0,60% em janeiro para 0,28% em fevereiro), Vestuário (de 0,83% para 0,13%) e Artigos de Residência (de 0,58% para -0,13%) também apresentaram redução nas taxas de um mês para o outro.

Dentre os índices regionais, o maior foi registrado em São Paulo (1,23%), em razão, principalmente, da alta nas tarifas dos ônibus urbanos (7,53%). O menor foi o índice de Fortaleza (0,39%).

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