As agências bancárias de Curitiba voltaram a abrir normalmente nesta quinta-feira (5). Porém, os carros-fortes não estão circulando. Na quarta-feira, o governador Roberto Requião determinou que a Polícia Militar voltasse aos serviços normais e deixasse de escoltar os carros-fortes. Sem segurança, as empresas decidiram não colocar os carros na rua nesta quinta.
O impasse na questão dos vigilantes de carros-fortes é a proposta feita para a classe pelos donos de empresas de transporte de valores. O Sindicato dos Vgilantes de Curitiba e Região reivindica inclusão do INPC integral, aumento real de 5% e vale-alimentação de R$ 15, além da criação de um piso para os funcionários que trabalham em “salas de valores”, contando dinheiro e fazendo compensações de cheques.
Já o empresariado fez uma contra-proposta oferecendo 5,5% de aumento em troca de uma redução de 15% para novas contratações. Para o presidente do Sindicato dos Vigilantes, João Soares, aceitar a proposta seria um erro. “Aceitar uma proposta dessas seria como dar um tiro no pé. Se aceitarmos, em um ano todo o quadro de trabalhadores seria substituído”, ressaltou.
Uma reunião será feita com o Sindicato das Empresas dos Transportes de valores nesta sexta-feira (6), às 10h.
Patrimoniais
Os Vigilantes Patrimoniais aceitaram a proposta elaborada na quarta-feira (4), pelo vice-presidente do TRT. Os empresários agora devem definir se aceitam ou não as novas regras. Caso não aceitem, os trabalhadores devem continuar trabalhando até o julgamento da questão.
Caso o TRT julgue improcedente a proposta, os trabalhadores voltam à greve. É o que afirma João Soares, “Seria muito contraditório se o tribunal julgasse uma proposta menor do que a que ele mesmo construiu”, e completou, “os vigilantes voltaram ao trabalho e, com isso, deram um voto de confiança aos empresários e ao TRT”.
Bancários
O presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba, Otávio Dias, manifestou seu apoio à greve dos vigilantes. “Nestes três dias de greve, nós apoiamos os vigilantes e esperamos que haja um resultado satisfatório para todos”, afirmou. Sobre a decisão do Governador, de retirar a PM dos serviços de escolta, ele foi direto. “É importante porque pressiona as empresas a resolverem esta questão”.