O presidente interino no Senado, Tião Viana (PT-AC) afirmou ao chegar ao Congresso Nacional, que há tempo suficiente para que a proposta de emenda constitucional, que prorroga a cobrança da CPMF, seja votada até o final do ano e ressaltou que a redução da alíquota do tributo poderá facilitar o entendimento com a oposição e com a base aliada. "Acho que toda negociação é bem-vinda, porque é uma matéria que envolve limites, tanto para o governo quanto para a oposição. Portanto, negociar redução de alíquota, desoneração, transferência de recursos para a saúde, são idéias bem-vindas, que fazem parte da negociação à luz do dia. Acho que regimentalmente há mecanismos que asseguram a votação da matéria, o que não quer dizer que se possa com isso evitar o intenso e necessário debate de convicções que envolvem um tema dessa natureza", afirmou.

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Mas apesar das reuniões do governo com aliados, que estão sendo realizadas esta manhã na liderança do governo para consolidar o entendimento da base aliada, o petista continua pessimista, por entender que é uma matéria que causa tensão. "Eu acho que a matéria é muito difícil para o governo. O meu ponto de vista sempre foi apoiado num realismo ponderado, muito firme, baseado no que é o Senado. Não adianta dizer que a base do governo tem 52 votos, porque isso não é real", afirmou Tião Viana, explicando que 53 senadores são filiados a partidos que integram a base do governo. "Mas isso não se reflete em voto, quando o assunto é uma emenda constitucional", observou. Apesar dessa posição, ele acredita que o governo tem mecanismos "dentro da ética" para conseguir aprovar a CPMF.

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