Os venezuelanos correram desesperadamente para os bancos nesta terça-feira para depositar suas notas de 100 bolívares depois que o governo anunciou que irá retirar a maior nota de circulação para combater o contrabando no país que sofre pela recessão mais profunda do mundo e a maior inflação.

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No bairro financeiro do centro de Caracas, tropas da Guarda Nacional foram colocadas na frente dos bancos, enquanto multidões de pessoas faziam fila para depositar pilhas de notas de 100 bolívares, que o presidente Nicolás Maduro disse na segunda-feira que não terá mais validade a partir desta quarta-feira. Nas províncias, que têm menos bancos, a situação era caótica, com combates esporádicos entre os moradores que estavam desde às 5h (horário local) em filas que se estendiam até quatro quarteirões. Atualmente, as notas de 100 bolívares valem apenas 3 centavos de dólar no mercado negro.

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A medida do governo ocorre dias antes das festividades de Natal. Médicos, engenheiros e advogados não trabalharam hoje para se juntarem a aposentados e donas de casa nas filas bancárias.

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A provação desta terça-feira é a mais recente para os venezuelanos que são forçados a ficar em filas para comprar alimentos ao lidar com o crime desenfreado e a inflação perto dos 470%.

Maduro disse que a proibição das notas de 100 bolívares, que representam metade da oferta de dinheiro do país, destruiria o que ele alega serem máfias de contrabando colombiano que acumula bolívares para comprar alimentos e gasolina com preços controlados na Venezuela, que é revendida com outra marcação. Ele fechou a fronteira com a Colômbia e o Brasil até a noite de quinta-feira para evitar que as notas de bolívares voltem ao país. O presidente disse ainda que novas notas no valor de até 20 mil bolívares começarão a circular a partir de quinta-feira. Fonte: Dow Jones Newswires.