Venezuela, Bolívia, Argentina, Uruguai e Chile foram os países da América do Sul que registraram os maiores níveis de inflação em 2007. Com um forte racionamento de alimentos básicos durante o ano passado, a Venezuela teve uma alta acumulada em seu custo de vida da ordem de 22,5%, o que a colocou no primeiro posto da lista entre os países da região.

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De acordo com analistas, a Argentina seria a segunda colocada, com uma inflação anual entre 14,5% e 20%, segundo consultorias. Mas o índice oficial do questionado Instituto Nacional de Estatísticas e Censos, que será divulgado na próxima segunda-feira (dia 7), indica que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) oscilará de 8,5% a 9%.

Como o que conta é o índice oficial, quem ocupa o segundo lugar é a Bolívia, cuja inflação acumulada atingiu 11,7%, três vezes mais que a projetada pelo governo de Evo Morales, no início de 2007, de 3,7%. A Argentina está disputando com o Uruguai o terceiro posto do ranking da inflação, já que o presidente uruguaio Tabaré Vázquez tampouco conseguiu cumprir sua projeção inicial de 4,5% e fechou o ano com 8,5%. A alta de 18,3% dos alimentos no Uruguai pressionou o IPC, registrando a maior alta dos últimos quatro anos.

O Chile foi outro país que sofreu com a pressão inflacionária e terminou o ano passado com uma inflação de 7,8%, informou hoje o Instituto Nacional de Estatísticas. O número é o mais alto dos últimos 12 anos e está bem distante da meta inicial do Banco Central chileno que era de 3% e depois passou para 5,5%. A inflação do Chile em 2006 foi de 2,6%. Segundo o presidente do BC chileno, Vittorio Corbo, a inflação foi provocada pela alta internacional dos alimentos, do aumento das verduras e frutas durante o duro inverno no país e da alta do petróleo, já que o Chile é importador de todo petróleo e gás que consome.

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Também houve uma leve aceleração dos preços no Brasil, que teria fechado o ano com um aumento de 4,3% da inflação, segundo estimativas, ante 2,9% de 2006.

Inflação baixa

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Entre os países com inflação mais baixa, destaca-se o Equador, onde o IPC de dezembro ainda não foi divulgado, mas as estimativas oficiais e privadas apontam para o índice anual em torno de 2,7%. O Peru é outro que registrou um índice de apenas 3,9%, uma cifra elogiada pelos economistas diante do forte crescimento econômico de 8%.

No Paraguai, embora a inflação tenha fechado 2007 com um acumulado de 6%, o índice caiu pela metade, comparando com 2006, quando fechou em 12,5%. O país também apresentou bom índice de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), da ordem de 6%. Para o economista da consultoria argentina Finsoport, Horacio Larghi, o principal motivo de pressão da inflação na região foi o aumento internacional dos preços dos alimentos.