O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, anunciou na sexta-feira a desvalorização da moeda do país, a primeira desde 2005, e estabeleceu tipos de câmbio distintos para setores considerados prioritários, como alimentação, habitação, saúde e educação, e não prioritários.

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O bolívar forte, que estava em 2,15 por dólar no câmbio oficial, passa a valer 2,60 por dólar para o setor prioritário. Para itens não essenciais, como automóveis, tabaco, bebidas, telecomunicações, produtos químicos, petroquímicos e eletrônicos, a desvalorização foi de 100%, com o bolívar cotado a 4,30.

A cotação mais alta, que Chávez chamou de “dólar petroleiro”, vai dobrar os ganhos da Venezuela com petróleo, quando convertidos para a moeda local. O petróleo responde por cerca de metade do orçamento venezuelano, mas as receitas do setor diminuíram com a queda do preço internacional do produto e cortes na produção local.

Segundo Chávez, as novas taxas entram em vigor imediatamente e as medidas buscam “dar novo impulso à economia produtiva, conter as importações que não são estritamente necessárias e estimular a política de exportação”.

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A economia venezuelana entrou em recessão em 2009, depois de cinco anos consecutivos de crescimento impulsionado pelo petróleo. Além disso, a inflação do país está hoje em 25%, a mais alta da América Latina. As informações são da Associated Press.