Vendas para o Natal já abrem vagas temporárias

A Associação Comercial do Paraná (ACP) e a Delegacia Regional do Trabalho (DRT) no Paraná estimam que aproximadamente 12 mil pessoas vão ser contratadas para trabalhos por tempo determinado (temporários) nos setores de comércio e serviços em todo o Estado neste período de fim de ano. Cerca de 60% dessas contratações estão sendo realizadas em Curitiba e região metropolitana. O grande número de empregos temporários pode ser considerado reflexo da expectativa de vendas no período do Natal. Os lojistas acreditam que elas serão cerca de 8% maiores do que as do ano passado.

O trabalho temporário está regulamentado pela Lei n.º 6.019/74 e, de acordo com ela, o emprego nestas condições é prestado por pessoa física a uma empresa para atender a necessidade transitória de substituição de seu pessoal regular e permanente ou acréscimo extraordinário de serviços. A duração máxima de um contrato temporário é de três meses, podendo ser renovado por mais três meses. O empregado temporário recebe salários mensais iguais aos outros funcionários na mesma função. Após ser dispensado, recebe férias e 13.º salário proporcionais ao período em que ficou na empresa. O temporário não ganha indenização do aviso prévio ou do FGTS.

O chefe da fiscalização do DRT, Luiz Fernando Busnardo, explica que os estabelecimentos que quiserem contratar temporários de agências especializadas precisam ter cuidado. A empresa que oferece vagas deve possuir o registro no Ministério do Trabalho. "Se não tiver o registro, não faça contrato. Se a agência não honrar os compromissos com os temporários, a empresa que os contratou vai ter que assumir a responsabilidade", declara.

Expectativa

Quem entra para uma empresa como temporário tem a expectativa de ser contratado definitivamente, depois de mostrar eficiência no cargo. A vendedora Ana Paula Angeliski, por exemplo, conseguiu um emprego temporário na loja Squalle, no centro de Curitiba. Ela trabalhava anteriormente na mesma empresa e estava parada há quatro meses, quando apareceu a oportunidade. "Espero que seja efetivada depois do período de temporário. Acredito nisso, mas se não der certo, já estou pensando em outras coisas para o ano que vem. Esta oportunidade veio na hora certa porque a gente chega no final de ano com um monte de conta para pagar", conta. Na loja em que Ana Paula está trabalhando, dos 12 funcionários, oito são temporários.

Para o vice-presidente de serviços da Associação Comercial do Paraná, Élcio Ribeiro, as vendas durante os festejos de final de ano geram uma grande expectativa de contratação. A possibilidade de se tornar um funcionário fixo é de 90%. "Quando a pessoa se adapta à empresa e aos seus métodos, é a primeira a ser chamada quando há necessidade, como para cobrir férias de outros funcionários", explica.

Até a primeira quinzena de dezembro, os empregos aparecem para vagas de vendedores, repositores, caixas, auxiliares de caixa, responsáveis pelos estoques, entre outros.

Agência

As vagas para trabalho fixo no comércio também aumentaram neste final de ano, segundo a Agência do Trabalhador da Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Promoção Social. Por mês, o órgão oferece uma média de 2,5 mil empregos nestas condições. O gerente da agência, Manoel Pacífico, revela que as vagas na indústria diminuem neste período do ano, mas as de prestação de serviços apresentam um crescimento. Outro segmento que demonstra aumento é o de vigilância. Para novembro e dezembro, Pacífico espera o preenchimento de 1,5 mil postos de trabalho.

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