Vendas no varejo paulistano caíram 5,8% em maio, segundo a ACSP

Balanço divulgado nesta segunda-feira, 1, pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP) mostra que as vendas no varejo paulistano caíram 5,8% em maio na comparação com igual mês de 2014. As vendas a prazo caíram 5%, enquanto vendas à vista tiveram redução de 6,6%. No acumulado do ano, conforme o levantamento, a queda é de 3,7% ante os cinco primeiros meses do ano passado – vendas a prazo caíram 2,9% e à vista, 4,5%.

Para o presidente da ACSP, Alencar Burti, não há expectativa de uma recuperação do setor no curto prazo. “A tendência é de que as vendas continuem em queda ao longo de 2015, tendo em vista o atual cenário de reajuste econômico e combate à inflação”, afirmou, em nota. “Esperamos que essa retração no consumo seja temporária para que, em 2016, após todos os ajustes, consigamos voltar a um novo ciclo sustentável de vendas.”

O efeito sazonal – no caso o Dia das Mães – fez com que as vendas no mês passado fossem maiores na comparação mensal. Segundo o levantamento, em maio houve aumento de 8,2% nas vendas a prazo e de 40% nas vendas à vista na comparação com abril. “O salto nas vendas à vista foi superior porque os consumidores preferiram dar artigos de pequeno valor para suas mães, como bijuteria e produtos de beleza. Até nas vendas parceladas o destaque ficou por conta dos itens mais baratos, como eletroportáteis e celulares”, afirmou Burti.

Inadimplência

O Indicador de Registro de Inadimplentes (IRI) recuou 4,3% em maio ante o mesmo mês de 2014. O indicador, que mede o número de carnês em atraso no varejo, também registrou retração ante abril, de 6,6%. Segundo a ACSP, a queda no indicador é resultado de um menor volume nas vendas a prazo. “Em outras palavras, como há menos gente parcelando, há menos gente se endividando”, afirmou.

Já o Indicador de Recuperação de Crédito (IRC), que aponta os cancelamentos de dívidas, registrou diminuição de 6,1% na comparação com maio do ano passado e teve pequena alta de 0,1% sobre abril deste ano, o que mostra uma maior dificuldade dos consumidores em quitar suas dívidas.

Apesar da tendência de elevação da inadimplência, para Burti os números ainda não são alarmantes. “A inadimplência vem caindo muito nos últimos anos, atingindo um nível bastante satisfatório. Portanto, mesmo que suba um pouco, ainda não é preocupante. Mas precisamos acompanhar de perto”, afirmou.

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