As vendas no varejo do Estado de São Paulo caíram 10,2% em outubro de 2015 ante igual mês do anterior, informou nesta terça-feira, 12, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), com base em informações de arrecadação da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP).

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Com a baixa, o faturamento real do setor no mês foi de R$ 46,1 bilhões, o menor para o período desde 2010. O volume representa perda de R$ 5,3 bilhões em relação ao alcançado em outubro de 2014.

Na avaliação da assessoria econômica da entidade, a queda se deve à deterioração da confiança do consumidor, em meio à redução da renda dos trabalhadores, ao aumento do desemprego, à alta da inflação e ao endividamento das famílias. “Quedas acima de 10% historicamente jamais foram atingidas”, afirma a FecomercioSP.

“A queda expressiva observada no primeiro mês do trimestre mais forte para o varejo (outubro) mostra que o comércio atravessa uma crise aguda de deterioração de suas vendas, influenciada pelas circunstâncias econômicas e políticas negativas do País que se agravaram de forma rápida e intensa em 2015”, diz a entidade. No acumulado de janeiro a outubro, a retração é de 6,1%. Já na comparação entre outubro e setembro, houve alta de 7,8%.

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Das nove atividades analisadas, sete registraram recuos de dois dígitos. Os mais acentuados foram nos segmentos de concessionárias de veículos (-22,9%, com impacto de -3,1 pontos porcentuais sobre o resultado geral) e materiais de construção (-21,4% e contribuição de -1,7 ponto porcentual). Por outro lado, o segmento de supermercados avançou 7,1% e contribuiu com 2 pontos porcentuais para o resultado total.

Capital

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Na cidade de São Paulo, a retração foi mais leve do que na média do Estado. No entanto, as vendas da capital paulista tiveram, em outubro de 2015, a maior baixa do ano em relação ao mesmo mês do ano anterior, de 7,7%. Com faturamento real de R$ 14,4 bilhões, o volume de outubro ficou R$ 1,2 bilhão abaixo da receita registrada em igual mês de 2014. No acumulado do ano, a retração é de 4%, perda de R$ 5,8 bilhões na comparação com igual período do ano anterior.