As vendas no varejo do Japão caíram 5,8% em fevereiro deste ano em relação a fevereiro do ano passado, no maior declínio desde fevereiro de 2002, informou nesta sexta-feira (27) o Ministério da Economia, Comércio e Indústria japonês. Foi o quinto mês consecutivo de queda das vendas varejistas no país.

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Em fevereiro, as vendas em lojas de departamento e supermercados caíram 8,2% na comparação anual, após ajustes por mudanças no número de lojas. Em janeiro, as vendas totais no varejo haviam recuado 2,4%.

Inflação

O núcleo do Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) do Japão ficou estável em fevereiro, pelo segundo mês consecutivo, na comparação com o mesmo período do ano passado. O núcleo do índice exclui preços voláteis, como os dos alimentos frescos. Economistas previam uma queda de 0,1% no núcleo do índice.

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Para analistas, o enfraquecimento da demanda do setor privado faz com que o reaparecimento da deflação na segunda maior economia do mundo seja apenas uma questão de tempo. Muitos afirmam que os preços vão começar a cair a partir deste mês, por causa da acelerada redução da demanda externa e doméstica.

O Japão atravessou um período de deflação no fim da década de 1990, o que piorou a crise econômica da época. As persistentes quedas nos preços levavam as lojas a suspenderem a compra dos produtos, esperando que os preços caíssem ainda mais. Isso tornou mais caro o pagamento dos empréstimos pelas empresas, prejudicando o já fraco setor corporativo.

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Orçamento

O Parlamento do Japão liberou hoje o orçamento recorde de 88,55 trilhões de ienes (aproximadamente US$ 906 bilhões) para o próximo ano fiscal, que começa no mês que vem, abrindo caminho para o governo japonês lançar seu terceiro pacote de estímulo e acelerar o trabalho nas próximas medidas para reviver o crescimento.

O orçamento nacional para o ano fiscal que começa em abril era necessário para financiar boa parte do último pacote, avaliado em 37 trilhões de ienes (cerca de US$ 378 bilhões). Lançado em dezembro do ano passado, esse pacote inclui medidas para estimular o crescimento do emprego, isenções tributárias para reviver a demanda no setor imobiliário e ajudar pequenas empresas, bem como tentativas de impulsionar o empréstimo bancário. As informações são da Dow Jones.