As vendas no varejo do Reino Unido recuaram em agosto, em bases mensais, contrariando as expectativas dos economistas, em meio ao declínio das vendas dos setores de alimentos e de produtos não alimentícios. O volume das vendas no varejo recuou 0,5% em agosto, na comparação com julho, e subiu 0,4% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo informou hoje o Escritório Nacional de Estatísticas. Economistas previram uma alta de 0,3% das vendas em bases mensais e uma elevação de 2% na comparação anual.

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O escritório também revisou em baixa os dados de julho, para mostrar aumentos de 0,8% ante junho e de 1% na comparação com igual mês de 2009. Na estimativa anterior, o órgão havia apontado altas de 1,1% e 1,3%, respectivamente. A revisão foi resultado de uma modificação do índice, bem como de uma revisão do ajuste sazonal e do fato de os participantes terem entregado suas respostas mais tarde.

Em agosto, as vendas nas lojas que comercializam principalmente alimentos recuaram 0,5% em base mensal e 3,5% na comparação com o mesmo período de 2009. A queda anual nesta medida foi a menor desde que a série de dados começou a ser computada, em 1988. As vendas nas lojas que comercializam principalmente produtos não alimentícios diminuíram 0,7% em agosto, em relação ao mês anterior, mas aumentaram 4,6% na comparação anual. A categoria “outras lojas”, que abrange uma faixa ampla de outlets, incluindo lojas de livros, materiais esportivos e farmácias, mostraram a maior queda mensal, de 2,1%.

Produção industrial

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Em outra divulgação do dia, a Confederação da Indústria Britânica (CBI, na sigla em inglês) informou que o crescimento da produção industrial do Reino Unido se fortaleceu em setembro, conduzido por um aumento razoável das encomendas de exportação. A medida da produção industrial, que corresponde à diferença entre o porcentual de empresas de manufatura que disseram que houve aumento das encomendas acima do normal e daquelas que afirmaram o contrário, subiu para 12 em setembro, de 10 em agosto.

O total das encomendas à indústria recuou para -17 em setembro, de -14 em agosto, devido principalmente ao declínio das encomendas de exportação de -1 para -5. “As projeções para a atividade manufatureira parecem ter ficado estáveis neste mês”, afirmou o economista-chefe da CBI Ian McCafferty. “A demanda é considerada ainda melhor do que foi no primeiro semestre do ano, a carteira de encomendas de exportação está se sustentando razoavelmente bem e as expectativas para o crescimento da produção no próximo trimestre permanecem sólidas.”

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As pressões inflacionárias aumentaram, levando a medida que corresponde à diferença entre o porcentual de empresas de manufatura que disseram que houve aumento das pressões de preços e daquelas que afirmaram o contrário de +11 em agosto para +15 em setembro. “Pelo segundo mês consecutivo, no entanto, as pressões inflacionárias parecem ter aumentado, visto que os manufatureiros preveem um crescimento levemente mais rápido dos preços da produção durante os próximos três meses”, disse McCafferty. A pesquisa da CBI foi realizada entre 24 de agosto e 8 de setembro, com 474 empresas manufatureiras. As informações são da Dow Jones.