As vendas no varejo dos Estados Unidos cresceram 0,6% em julho na comparação com o mês anterior, informou o Departamento do Comércio, resultado em linha com a expectativa dos analistas ouvidos pela Dow Jones Newswires. Além disso, o dado de junho foi revisado para melhor, mostrando estabilidade ante o mês anterior, e não queda de 0,3% como antes divulgado.
Excluindo-se automóveis, as vendas tiveram alta de 0,4% em julho ante junho, o terceiro mês consecutivo de ganhos sólidos.
Os gastos dos consumidores representam cerca de 70% da atividade econômica nos EUA e são, portanto, uma medida crucial para a vitalidade da economia. As vendas no varejo representam boa parte dos gastos dos consumidores em geral. Os dados de vendas no varejo têm variado nos últimos meses, mas em geral avançam, crescendo 2,4% entre janeiro e julho, na comparação com igual período do ano anterior. A alta modesta deve refletir o fraco crescimento nos salários dos norte-americanos, a disciplina fiscal daqueles escaldados pela recessão, além da baixa inflação, que tem freado os preços.
Mas os consumidores têm recebido um impulso por uma série de fatores, o que pode levar a ganhos mais fortes nos próximos meses. Ao longo do último ano e meio, o crescimento no emprego tem sido sólido, e a alta nos valores das residências também deixa os norte-americanos com mais capital. Além disso, uma queda nos preços da gasolina reduz seus custos.
Há sinais de que os consumidores estão usando suas economias para aumentar gastos, impulsionando a atividade econômica. O relatório de hoje mostrou que as compras, excluindo-se a gasolina, tiveram alta de 4,5% na comparação anual em julho.
Os ganhos no varejo em julho foram gerais. As vendas de carros e partes de automóveis aumentaram 1,4%, enquanto as compras em sites online e outros varejistas sem lojas avançaram 1,5% as lojas de móveis e roupas também venderam mais.
Os gastos pessoais, uma medida do Departamento do Comércio que reflete todos os tipos de gastos dos consumidores, tiveram alta de apenas 0,2% em junho, no patamar mais baixo desde fevereiro.
Os gastos dos consumidores devem determinar o crescimento econômico no segundo semestre e também influenciar a decisão do Federal Reserve, o banco central norte-americano, sobre o momento ideal para elevar os juros. Fonte: Dow Jones Newswires.