O comércio do Paraná fechou o mês de julho com crescimento de 15,9%, contra 5,59% registrado no mesmo período do ano passado. O acumulado do ano chegou a 12,3%, contra 2,57% dos sete primeiros meses de 2006, conforme revela pesquisa divulgada ontem pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Em termos de receita e volume de vendas no comércio varejista, a pesquisa revela que no Paraná houve crescimento de 9,8% (8,2% no acumulado do ano e 7,5% nos 12 últimos meses) e de 6,6% (7,2% no acumulado do ano e 6,6% nos 12 últimos meses) respectivamente. Em todo o País, as vendas do comércio varejista cresceram 0,5% em julho na comparação com junho. Em doze meses, houve expansão de 8,7%.
O Paraná é o segundo estado que mais contribuiu para o impacto do resultado global do setor, atrás apenas de São Paulo (15,4%) e na frente de Minas Gerais (10,9), Rio Grande do Sul (9,6%) e Rio de Janeiro (8,5%).
O crescimento das vendas reflete ?condições favoráveis da conjuntura econômica?, observa o técnico Reinaldo Pereira, da coordenação de comércio e serviços do instituto. Segundo ele, o varejo tem influência positiva da alta do rendimento, queda dos juros, valorização do real e ampliação do crédito.
Pereira observou que o crescimento acumulado do País de 9,7% nas vendas, de janeiro a julho deste ano ante igual período do ano passado, ?é um número bastante expressivo?. Ainda segundo ele, o aumento de 9,2% apurado nas vendas em julho deste ano ante igual mês de 2007 teve impacto positivo, além do crédito e dos juros, da queda de 1,2 ponto porcentual na taxa de desemprego e do aumento do rendimento médio real de 2,5% no período.
O crescimento nas vendas de móveis e eletrodomésticos (18,2%) representou o maior impacto (2,6 pontos porcentuais) no aumento das vendas. Esse segmento tomou a liderança, em termos de influência positiva no resultado total, do grupo de hiper e supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, que tem maior peso na pesquisa e vinha representando o principal impacto de expansão nos últimos meses.
As vendas do segmento de hiper e supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo reduziram, em julho, o ritmo de crescimento ante igual período do ano anterior. A expansão apurada pelo IBGE foi de 4,6% na comparação com julho de 2006, ante índice de 8,2% registrado em junho nesse indicador. Pereira disse que essa desaceleração pode estar relacionada ao aumento nos preços dos produtos alimentícios. Segundo ele, a alimentação no domicílio, segundo o IPCA, aumentou 3,2% no bimestre junho/julho.
Apesar da menor intensidade no crescimento, esse segmento continua apresentando taxas positivas, segundo Pereira, porque é muito influenciado pelos resultados positivos do emprego e da renda. As vendas desse grupo acumularam alta de 6,6% no ano até julho, e de 7,2% em 12 meses.