O comércio do Paraná fez trajetória inversa aos demais estados do Brasil, em janeiro. Apresentou queda de -5,91% nas vendas na comparação com janeiro do ano passado, conforme levantamento apresentado ontem pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
No País, janeiro foi o quarto mês consecutivo de crescimento no volume de vendas a varejo, com alta de 2,35% na comparação com dezembro do ano passado. Na comparação com igual mês de 2005, a expansão foi de 6,54%, a maior para janeiro desde o início da série histórica da pesquisa, em 2001.
Janeiro foi o quarto mês consecutivo com alta no volume de vendas a varejo no país, segundo a Pesquisa Mensal de Comércio, divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As vendas do comércio registradas no varejo em janeiro deste ano cresceram 2,35% em relação ao mês de dezembro do ano passado.
Segundo o IBGE, o número já incorpora um ajuste estatístico que exclui o movimento sazonal do comércio, ou seja, característico de determinados períodos do ano, como é o caso das vendas de Natal no mês de dezembro. Foram apuradas, além da taxa mensal, os índices comparativos com o mesmo período do ano passado e a variação acumulada nos últimos 12 meses, que foi de 4,87%.
A tendência de crescimento no comércio varejista que é verificada desde outubro de 2005, segundo o economista do IBGE Reinaldo Pereira, é movida principalmente pela ampliação da oferta de crédito. "O aumento no volume de vendas se deve, principalmente, a uma nova tendência de mercado: a ampliação do crédito para aquisição de bens não duráveis". Ele citou como exemplo, os cartões de crédito operados pelas próprias redes de estabelecimentos.
O segmento onde as vendas mais cresceram em relação à dezembro, com variação de 5,97%, foi o de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo. As atividades que registraram maior queda nas vendas a varejo foram a de veículos, motos, partes e peças, com queda de 9,74% nas vendas, seguido do segmento combustíveis e lubrificantes, com baixa de 2,33%.
De acordo com Reinaldo Pereira, os resultados negativos no comércio de veículos são justificados pelo grande número de vendas registrado no mês de dezembro. O economista também lembrou que o mês de janeiro tradicionalmente não é priorizado para aquisição de veículos, em função do período de férias e também dos gastos que o contribuinte tem com impostos cobrados no início do ano.
No caso dos combustíveis e lubrificantes, a queda no volume de vendas foi atribuída ao reajuste de combustíveis, principalmente, o aumento do álcool.
Das 27 unidades da federação, 24 obtiveram resultados positivos, em relação ao mês de janeiro do ano passado, no volume das vendas a varejo. Os maiores crescimentos foram verificados em Tocantins (47,82%), Sergipe (39,15%) e Amapá (35,14%). Além do Paraná, as quedas ocorreram em Santa Catarina (-3,37%) e Rio Grande do Sul (-3,36%).
