As vendas do varejo devem crescer 6,5% em março na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo o Índice Antecedente de Vendas do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV), indicador divulgado mensalmente de acordo com dados apurados junto aos associados do Instituto.
Segundo nota divulgada pelo Instituto, um dos fatores que influenciaram o crescimento foi a desoneração do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para os eletrodomésticos de linha branca, implantada pelo governo em dezembro do ano passado. O indicador acusou altas de 6,5% e 7,4% nas vendas de janeiro e fevereiro, respectivamente.
O estudo também mostra que as vendas de abril e maio devem apresentar uma redução na taxa de crescimento em relação aos meses anteriores, o que preocupa o IDV uma vez que, em geral são períodos considerados bons para o varejo. O Indicador Antecedente aponta que o crescimento estimado para as vendas em abril será de 6,2% e em maio, de 5,6%.
Um dos setores mais otimistas é o de bens duráveis, em particular o de equipamentos de informática, com projeção de crescimento de 9,5% em março sobre igual período do ano passado. As projeções de crescimento deste segmento para abril e maio são de 9% e 9,3%, respectivamente.
Bens não-duráveis
De acordo com o IAV-IDV, o crescimento dos bens não-duráveis, como alimentos, remédios, produtos de perfumaria, por exemplo, entre outros, deverá apresentar uma desaceleração no início deste ano, passando de 8,7% em fevereiro para 4,7% em março, como reflexo de uma ligeira queda da taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e o descolamento do período do carnaval deste ano em relação a 2011. Para os próximos dois meses, a expectativa é de que a taxa de crescimento se reduza ainda mais, de 3,1% e 2,6%, respectivamente, em relação aos mesmos períodos de 2011.
O IAV-IDV ainda apontou que o setor de bens semiduráveis começou o ano bem melhor do que 2011. A expectativa de crescimento para março é de 7,3% em relação ao mesmo mês do ano passado. Para abril e maio, as projeções de crescimento nas vendas são de 10,2% e 8,2%, respectivamente.