As vendas do comércio varejista encerraram o primeiro trimestre com crescimento de 8,9% no Paraná. Foi o segundo melhor desempenho para um primeiro trimestre desde o início da série histórica da pesquisa, em 2002 – o melhor foi em 2004, quando o volume de vendas cresceu 11%. Já em nível nacional, o primeiro trimestre foi o melhor da história, com aumento de 9,7%. Os dados foram divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No Paraná, o crescimento de 8,9% no primeiro trimestre é resultado do bom desempenho de setores como o de ?hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo?, cujas vendas avançaram 10,5% – acima da média nacional, que ficou em 7,1% – ?móveis e eletrodomésticos?, com crescimento de 10,7%, além de ?equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação?, com alta de 34,2% – bem acima do desempenho nacional, que foi de 20,2%. Todas as nove atividades pesquisadas pelo IBGE registraram aumento nas vendas no primeiro trimestre.
Em março, as vendas do comércio paranaense cresceram 10,4%, puxadas principalmente pelos setores de ?hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo?, com crescimento de 11,2%, ?combustíveis e lubrificantes? (20,0%) e ?outros artigos de uso pessoal e doméstico? (12,2%).
?O Paraná apresentou comportamento parecido com o nacional. Só uma atividade apresentou variação negativa?, destacou o economista Reinaldo Pereira, da Coordenação de Comércio do IBGE, referindo-se ao setor de ?artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos?, que registrou queda de 0,3% em março. Em nível nacional, todas as nove atividades pesquisadas apresentaram variação positiva em março. No País, as vendas do comércio varejista cresceram 11,5% em março e 9,7% no primeiro trimestre do ano.
?O que contribuiu para o crescimento das vendas foi a conjuntura econômica favorável, com queda na taxa básica de juros, favorecendo o crédito. Além disso, houve aumento do rendimento médio do trabalho e estabilidade do emprego?, observou Pereira. A taxa de câmbio a R$ 2,00, acrescentou, também tem incentivado a importação de produtos e matérias-primas. ?Com todo esse cenário, o consumidor está mais confiante e indo às compras?, destacou.
Páscoa
Além de todos esses fatores macroeconômicos, a Páscoa -que este ano caiu no início de abril – também pode ter contribuído para as vendas do comércio, tanto em ?hipermercados, supermercados, produtos alimentícios?, que registrou aumento de 7,1% no volume de vendas em março, como na atividade ?outros artigos de uso pessoal e doméstico?, que inclui as lojas de departamento. Esse segmento apresentou um dos melhores desempenhos em nível nacional, com crescimento de 26,6%. ?A Páscoa, comemorada na primeira semana de abril, pode ter contribuído para os gastos na última semana de março.?
Para Pereira, a tendência de crescimento nas vendas do varejo prosseguirá nos próximos meses e, ?mantidas as atuais condições? o setor deverá registrar em 2007 avanço superior ao apresentado em 2006, de 6,2%.