O comércio varejista do Paraná cresceu 6,7% em abril de 2010 na comparação com o mesmo mês do ano anterior, segundo dados divulgados nesta quarta feira (12) pelo IBGE. O resultado foi superior ao do Rio Grande do Sul (6,3%), mas inferior ao de São Paulo (9,1%), Rio de Janeiro (7,6%), Minas Gerais (8,5%), dentre os principais Estados. No acumulado do ano, a taxa ficou em 11,6%. Em relação ao mês de março de 2010, houve queda de -4,6% nas vendas, já com ajuste sazonal.
Os setores que tiveram desempenho positivo na comparação com o mesmo mês do ano anterior foram equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (73,1%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (20,8%), livros, jornais, revistas e papelaria (20,6%), móveis e eletrodomésticos (18,6%), tecidos, vestuário e calçados (16,6%), e outros artigos de uso pessoal e doméstico (9,9%).
As vendas de combustíveis e lubrificantes ficaram praticamente estáveis (-0,1%) e o segmento de hipermercados e supermercados teve uma pequena queda (-2,4%).
De acordo com Fernando de Lima, pesquisador do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), “os índices de crescimento do comércio varejista, que refletem o consumo das famílias, mostra um crescimento importante em relação ao ano passado, apesar da desaceleração em relação aos primeiros meses do ano.”
Para o secretário da Indústria, do Comércio e Assuntos do Mercosul, Virgílio Moreira Filho, a economia estadual segue aquecida não só no comércio varejista, como também nas exportações. “As exportações do Paraná somaram US$ 5,3 bilhões de janeiro a maio deste ano, alta de 17,85% na comparação com o mesmo período do ano passado”.
O secretário acrescenta a execução de políticas públicas e a união da classe empresarial para os avanços das empresas paranaenses. “Das empresas ativas e aptas a gerar ICMS no Paraná, 201 mil micro e pequenas se beneficiam da redução ou isenção do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS)”.
As empresas paranaenses contam ainda com o deferimento parcial do pagamento do ICMS em operações internas, em que a alíquota do ICMS é reduzida de 18% para 12%. “Questões como infraestrutura, logística e mão-de-obra capacitada determinam o empresário escolher o Paraná”, resume Moreira Filho.