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Consumidor espera pela chegada das festas. |
As vendas do comércio varejista do Paraná cresceram 8,7% em outubro na comparação com igual mês do ano passado. O desempenho, apesar de positivo, ficou abaixo da média nacional de 9,6%. Na comparação com setembro, as vendas registraram queda de 0,2% tanto no Paraná como na média do País. Com o resultado de outubro, as vendas do comércio acumulam no ano crescimento de 7,2% no Paraná e de 9,6% no País, enquanto nos 12 meses a variação é de 6,7% e 9,1%, respectivamente, conforme pesquisa divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com o economista Reinaldo Pereira, do IBGE, a queda de 0,2% sobre setembro não chega a ser preocupante, mesmo interrompendo a seqüência de nove meses seguidos de resultados positivos. ?É uma acomodação. Não significa que a tendência seja negativa?, apontou Pereira. Para ele, a antecipação da primeira parcela do 13.º salário aos aposentados e pensionistas do INSS pode ter fortalecido o comércio em setembro.
Na comparação com outubro do ano passado, todos os setores do comércio varejista registraram aumento nas vendas no Paraná. O setor ?hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo?, com alta de 5,3%, teve impacto no índice geral, assim como ?móveis e eletrodomésticos?, com crescimento de 18,8% e ?equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação? que avançou 32,7%.
Segundo Reinaldo Pereira, a leitura que o IBGE faz sobre as vendas do comércio do Paraná é a mesma do comércio nacional. ?O crescimento do PIB – soma de toda riqueza (serviços e produtos) gerada no País – levou ao aumento do rendimento médio do trabalhador, da massa salarial, além da estabilidade no emprego?, apontou. A redução da taxa de juros, o aumento da oferta do crédito e a inflação sob controle também têm contribuído para a aquecimento da economia. ?Existe toda uma conjuntura econômica favorável?, comentou.
Outros setores que tiveram desempenho positivo no Paraná em outubro foram ?combustíveis e lubrificantes?, com variação de 3,4%, ?tecidos e vestuário?, com crescimento de 12,4%, ?artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos?, com aumento de 10,6%, ?livros, jornais e papelaria? (33,3%) e ?outros artigos de uso pessoal e doméstico? (11,3%).
País
No País, o setor ?hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo?, com crescimento de 5,6%, foi responsável pela principal contribuição da taxa do varejo. A atividade acumulou crescimento de 6,5% no ano e de 6,7% nos últimos 12 meses, respectivamente, devido, segundo o IBGE, à expansão do crédito, principalmente com o uso de cartões de crédito patrocinados pelas próprias redes do ramo.
A atividade ?móveis e eletrodomésticos?, com crescimento de 13,5%, foi o segundo maior impacto sobre a taxa do comércio varejista. O segmento acumula crescimento de 16% no ano, sobre igual período de 2006, e de 14,6% para os últimos 12 meses. Este resultado positivo (e superior à média do varejo) é atribuído, basicamente, à expansão do crédito, à redução de preços dos eletroeletrônicos e à melhoria da massa de salários da população ocupada.